Brasil

Mãe de Isabella acompanhará reconstituição do crime

Polícia tem até o dia 29 para encerrar as investigações do caso. Mas o prazo pode ser prorrogado

postado em 23/04/2008 22:22
O pai de Isabella, Alexandre Nardoni, e a madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá, vão participar da reconstituição, que será acompanhada pela mãe, Ana Carolina de Oliveira. Também participarão o avô e a tia da menina, Antonio e Cristiane Nardoni, dois vizinhos, o porteiro do prédio, os funcionários do Resgate e a mulher do subsíndico. Em 25 dias de investigação, a polícia ouviu 64 pessoas, das quais 62 na condição de testemunhas e duas como suspeitas: o pai, Alexandre, e a madrasta, Anna Carolina. A reconstituição será realizada para estabelecer a seqüência de fatos que terminaram na morte da menina. O reforço na segurança em torno do edifício onde Isabella morreu inclui até o fechamento do espaço aéreo por 14 horas em um raio de 3 km. Na tarde desta quarta-feira (23), o subsíndico do Edificio London esteve no 9º Distrito Policial do Carandiru, na Zona Norte, para saber que providências deve tomar. O esquema de interdição de ruas ainda não foi divulgado. A polícia vai reconstituir a cena baseada nas informações apuradas pelos investigadores, mas também na versão apresentada pelo casal. Além disso, vai cronometrar toda a sequência narrada pelo pai e pela madrasta. A polícia tem até o dia 29 para encerrar as investigações. Mas o prazo pode ser prorrogado. Assim que o inquérito for entregue ao promotor, ele decide se oferece a denúncia à Justiça. Se o juiz aceitar, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá passam a ser réus e podem ir a júri popular. No boletim de ocorrência, em 29 de março, o caso foi registrado como homicídio qualificado e o pai e a madrasta de Isabella apareciam como averiguados. Cinco dias depois, Alexandre e Anna Carolina foram presos. Eles ficaram oito dias na cadeia. Saíram depois que a Justiça atendeu ao pedido de habeas corpus. Ouvidos pela segunda vez , no último dia 22, foram indiciados por homicídio doloso (quando há a intenção de matar) e triplamente qualificado, por crime cometido por motivo fútil, de forma cruel e sem chance de defesa da vitima. O inquérito já tem seis volumes e mais de 1.200 páginas. Os laudos dos legistas do IML e dos peritos do Instituto de Criminalística foram anexados aos autos. A defesa chegou a anunciar que pretende entrar com uma representação na Corregedoria da Polícia Civil contra os procedimentos adotados pelos delegados na condução das investigações. Até o começo da noite, não havia confirmação se a reclamação tinha sido protocolada.

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