Brasil

Apeoesp ameaça denunciar secretaria ao TRT

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postado em 09/07/2008 18:30
A presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, disse nesta quarta-feira (09/07) que denunciará a Secretaria da Educação do Estado ao Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP) por descumprimento de acordo. Os professores receberam ontem da secretaria o plano de reposição de aulas e de pagamento dos dias parados. Mas a proposta ainda terá de ser formalizada no TRT-SP, o que deve acontecer até quinta. A categoria discorda da forma como será feito o pagamento e considera retomar a greve após as férias escolares. "A idéia era de que não houvesse desconto. Essa foi a condição fundamental para a suspensão da greve, mas agora a secretaria recuou e voltamos à estaca zero", disse Maria Izabel. Na sexta-feira, depois de três semanas de paralisação, a Apeoesp e a pasta entraram num entendimento no tribunal. A combinação previa que os trabalhadores suspenderiam o movimento, desde que a secretaria apresentasse o plano. A greve foi cessada, temporariamente, e a proposta, apresentada aos professores no prazo previsto. A questão que o plano prevê desconto das faltas nos salários e pagamento das aulas somente após a reposição, o que os professores não aceitam. O texto da negociação no TRT, no entanto, não detalha como nem quando seria feito o pagamento pelos dias parados. Informa apenas: "A Apeoesp compromete-se a suspender o movimento mediante o compromisso de recebimento dos dias parados." Procurada, a assessoria da secretaria não foi encontrada para comentar o assunto - hoje é feriado estadual, Dia da Revolução Constitucionalista de 1932. Amanhã e sexta-feira representantes dos professores reúnem-se para definir a data da próxima assembléia, que decidirá pela retomada ou fim da paralisação. "A possibilidade de retomada da greve no segundo semestre é real", afirmou Maria Izabel. "Não confiamos mais na secretaria." Os professores decidiram entrar em greve no dia 13. Eles reivindicam piso salarial de R$ 2 mil e a revogação de decreto que limita as transferências dos profissionais entre escolas e cria uma prova para seleção de temporários. Durante o movimento, conseguiram um aumento salarial de 12% e mudança em alguns pontos do decreto.

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