postado em 01/05/2009 09:57
As instituições de ensino superior que aderirem à proposta do Ministério da Educação de adotar o vestibular unificado como única opção de ingresso não poderão cobrar dos candidatos o conhecimento de uma língua estrangeira. O novo Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) começa a ser aplicado em outubro deste ano. A prova nunca cobrou questões de idiomas, mas também não tinha como objetivo selecionar estudantes para ingresso nas universidades, como ocorrerá agora.
De acordo com o presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes, as redes de ensino não teriam tempo de se adaptar. Como falta uma matriz curricular unificada, cada estado escolhe qual língua estrangeira será ministrada em sala de aula. O Comitê de Governança do novo Enem, que terá participação de secretários estaduais de educação, vai discutir como introduzir a cobrança de idiomas a partir do próximo ano. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, em 2010 o exame passará a cobrar também as disciplinas sociologia e filosofia.
O secretário executivo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior não gostou da notícia. ;É uma limitação, saber uma língua estrangeira é importante no mundo moderno e a disciplina é aferida nas seleções das universidades;, afirmou à Agência de Notícias da UnB. As federais têm até 8 de maio para se manifestar sobre o novo exame. Como têm autonomia, não são obrigadas a aceitar o Enem como substituto do vestibular tradicional.