postado em 08/08/2009 10:42
A lei antifumo trouxe aos moradores do entorno das áreas boêmias o receio de outro tipo de poluição: a sonora. No primeiro dia de aplicação de multas, a fiscalização fez fumantes fazerem das calçadas um refúgio, com direito a festas paralelas ao longo de toda a madrugada. As associações de moradores dizem estar %u201Cde orelha em pé%u201D.
%u201CExistem casas noturnas que já estão em locais inapropriados e o barulho extra dos fumantes pode ser um complicador%u201D, afirma o presidente do Conselho de Segurança (Conseg) de Monções, Sérgio Lucon. A entidade abrange a área da Vila Olímpia - reduto de casas noturnas na zona sul da capital paulista. %u201CEste fim de semana será crucial para avaliarmos o problema%u201D, completa Cibele Sampaio, secretária da Sociedade dos Amigos do Brooklin Novo (Sabron). %u201CO ruído já causa muitos transtornos e a tendência é aumentar.
Olivia Costa, presidente do Conseg de Santo Amaro, afirmou que espera pela volta às aulas - quando universitários retornarão aos bares - para reforçar as %u201Ccampanhas de silêncio%u201D. %u201CA lei antifumo pode agravar um problema que já existe. A conscientização é a melhor maneira de reduzir excessos.%u201D
Abrahao Badra, presidente da Associação de Moradores da Vila Nova Conceição - que também reúne bares e restaurantes - é outro que prevê uma ameaça à Lei do Silêncio. %u201CTodos os fatores que ensejam aglomeração fora dos bares, e de madrugada, nos causam preocupação%u201D, diz. %u201CE fica a dúvida sobre a quem poderemos recorrer%u201D, diz Badra. Ligia Horta, que fala em nome dos moradores de Moema, e já precisa enfrentar o barulho dos aviões de Congonhas, também se preocupa com essa possibilidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo..