Brasil

Duzentos casos de estelionato por mês no MA

O crime está se tornando corriqueiro no estado. Aliciadores se apropriam dos carros da vítima que pagam a conta às operadoras de crédito

Thamia Tavares
postado em 15/12/2009 11:02
Duzentas ocorrências de estelionato, em média, são registradas na delegacia de roubos e furtos de veículos por mês. O crime consiste em passar um veículo com prestações não quitadas para alguém que assume a responsabilidade em concluir o financiamento. Em troca o responsabilizado fica com o veículo e quase sempre não efetua o pagamento. O prejuízo vai para o bolso do ;dono; que fica com as prestações do carro só que sem o carro. ;O crime é recorrente, as pessoas compram carro sem condições de pagar, aí entram em desespero e caem na conversa dos aliciadores, mas não sabem que elas mesmas estão cometendo o crime; relata o delegado Sebastião Cabral. O crime primeiramente é atribuído à pessoa que ;passa; o veículo financiado para outra. ;Enquanto o financiamento não estiver quitado, o veículo é de posse da instituição que fez o financiamento, então quem adquiriu o veículo, ainda não pode fazer negócio; alertou o delegado. Inclusive, as parcelas quando não quitadas, leva a financiadora entrar com o pedido de reintegração de posse. Em algumas ocasiões, a instituição que fez o financiamento negocia um valor com o comprador.

Vítima

Em denúncia feita a O Imparcial Online, o funcionário público e comerciante do município de Rosário, José Luís, 36, declarou que estava com dificuldades em pagar as 46 parcelas restantes do veículo (Corsa Classic preto de placa NHN-0019, Rosário-MA, modelo 2008-2008) que havia financiado e decidiu procurar alguém que ;ficasse; com o carro responsabilizando-se pelo financiamento. Um conhecido de José indicou Reginaldo Lima Lisboa,29 para que fizesse a transação. Os dois fizeram acordo em 13 de outubro que consistia em passar o carro para o nome de Reginaldo passando também a responsabilidade de pagar as 46 parcelas restantes do financiamento do automóvel. José exigiu ao suspeito R$4,2mil, quantia que recebeu, no entanto as parcelas não foram pagas.

;A delegacia na qual prestei ocorrência, havia duas outras ocorrências contra Reginaldo pelo mesmo crime; disse José.

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