Brasil

Menos muros, mais pulseiras

Para o diretor do Departamento Penitenciário Nacional, modelo carcerário vigente é insustentável. Possível solução estaria no monitoramento eletrônico dos detentos

postado em 01/01/2010 11:48
Depois de um ano e meio à frente do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), ligado ao Ministério da Justiça, Airton Michels avalia que é preciso acelerar as mudanças. Com o sistema penitenciário brasileiro prestes a chegar a meio milhão de detentos, o diretor do Depen aposta numa saída polêmica: o monitoramento eletrônico. As controversas pulseiras e tornozeleiras, na avaliação dele, podem desafogar os presídios. Outra ideia que o promotor de justiça gaúcho tentou, sem sucesso, emplacar nesses 18 meses de gestão foi a construção de cadeias mais baratas ; projeto no qual pretende insistir.

Quanto às penitenciárias para jovens e adultos, das quais o ministro Tarso Genro chegou a prever inaugurações até o fim de 2009, Michels reconhece que talvez no fim do ano que vem, sendo otimista, algumas unidades estejam prontas. Serão 16 estabelecimentos em 15 estados, que receberam recursos do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci) para a construção de tais presídios. Essas e outras questões, como a suspeita de ter partido da penitenciária federal de segurança máxima, em Catanduvas (PR), a ordem de invasão do Morro dos Macacos, no Rio de Janeiro, em outubro, são comentadas por Michels na entrevista concedida ao Correio.

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