Brasil

Banco de dados guardará o DNA de criminosos no país

Sistema semelhante ao usado pela polícia federal norte-americana entra em funcionamento na quarta-feira, mas, por enquanto, com a participação de apenas cinco estados

postado em 25/11/2012 08:52
%u201CNão é algo como CSI, que você dá dois cliques e aparece até a foto da pessoa identificada. Nem nos Estados Unidos ocorre assim (%u2026) O método traz uma segurança incrível, sendo a probabilidade de um falso positivo algo estatisticamente improvável%u201D
Hélio Buchmüller, perito da Polícia Federal
Popularizado por seriados policiais como CSI e Law, o banco de DNA de criminosos, que ajuda investigadores a elucidar casos intrincados com a análise de vestígios da cena do crime, como um fio de cabelo ou uma ponta de cigarro, começa a se tornar realidade no Brasil a partir de quarta-feira. É quando entrará em vigor a lei sancionada em maio passado pela presidente Dilma Rousseff. Quinze estados, além da Polícia Federal, já têm estrutura pronta para alimentar a rede nacional de perfis genéticos (veja ilustração). O Distrito Federal, apesar de pioneiro na análise genética para fins criminais, ainda não está integrado porque não possui o sistema Codis, doado ao país pelo FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, ainda em 2010.

Na ocasião, equipes norte-americanas vieram instalar o programa utilizado nos Estados Unidos, mas a Polícia Civil da capital federal preferiu ficar de fora da iniciativa, embora tivesse laboratório de DNA com todas as condições para receber o sistema. Atual diretor do Instituto de Pesquisa de DNA Forense da instituição, o perito médico-legal Samuel Ferreira não tem detalhes do que ocorreu por se tratar de decisão da ;gestão anterior;. Mas ele ressalta, entretanto, que está prevista uma nova visita do FBI no primeiro semestre de 2013 para instalar o Codis. Mesma situação está Goiás, que já pode receber o programa. Em outras 10 unidades da Federação, como Alagoas, líder no ranking de homicídios no país, não há sequer laboratórios de DNA.
Sistema semelhante ao usado pela polícia federal norte-americana entra em funcionamento na quarta-feira, mas, por enquanto, com a participação de apenas cinco estados

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