Brasil

Frei Betto homenageia vítimas de Santa Maria ao receber prêmio da Unesco

O Frei pediu que Deus e os médicos cubanos protejam a saúde do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e homenageou os mortos no incêndio na boate Kiss

Agência France-Presse
postado em 28/01/2013 19:44
Havana - Frei Betto pediu nesta segunda-feira (28/1) que Deus e os médicos cubanos protejam a saúde do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e homenageou os mortos no incêndio na boate Kiss, ao receber em Havana o prêmio Unesco-José Martí 2013.

"Para mim é uma honra receber este prêmio (e o recebo) na companhia daqueles que antes de mim também receberam o prêmio José Martí. Ao comandante Chávez", disse Frei Betto ao receber o prêmio das mãos da diretora geral adjunta da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), María del Pilar Álvarez.

"Que Deus e os médicos cubanos consigam proteger sua saúde (de Chávez)", acrescentou ele, na abertura de um encontro internacional sobre o "equilíbrio do mundo", em ocasião dos 160 anos do nascimento do herói nacional cubano José Martí, que reúne em Havana 800 participantes de 44 países.

Chávez, de 58 anos, foi submetido em 11 de dezembro em Havana a sua quarta cirurgia contra um câncer diagnosticado em 2011.

"De modo especial", Frei Betto dedicou o prêmio aos aos mais de 230 jovens mortos no domingo durante o incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, pelos quais pediu um minuto de silêncio.

Ele também homenageou os "cinco heróis (agentes) cubanos" presos "injustamente" nos Estados Unidos desde 1998.

[SAIBAMAIS]O Prêmio Internacional Unesco/José Martí, criado em 1994 por iniciativa de Cuba, recompensa as contribuições de organizações ou indivíduos à "união e à integração" da América Latina e do Caribe, baseadas no respeito às "tradições culturais e aos valores humanistas".

Frei Betto, expoente da Teologia da Libertação, disse à imprensa que "é uma honra receber um prêmio" que leva o nome de Martí, "um intelectual" com quem se identifica, e destacou que o recebeu em nome "de todos aqueles que, na América Latina e no Caribe, lutam pela paz, pela justiça e pelos direitos humanos".



María del Pilar Álvarez destacou que o brasileiro foi premiado "por seu trabalho como educador, escritor e teólogo" e por "sua oposição a todas as formas de discriminação, injustiça e exclusão e por sua promoção da cultura da paz e dos direitos humanos".

Betto lembrou que o líder cubano Fidel Castro o apresentou a obra de Martí, quando fez suas primeiras viagens à ilha na década de 1980.

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