Brasil

Cremerj: faltam vagas para internar dependentes de crack no Rio

A nova política de internação involuntária de dependentes de crack poderá esbarrar na falta de vagas e de profissionais na rede pública municipal

postado em 19/02/2013 18:18
Rio de Janeiro ; A nova política de internação involuntária de adultos dependentes de crack, adotada a partir desta terça-feira (19/2) pela prefeitura do Rio, poderá esbarrar na falta de vagas e de profissionais na rede pública municipal. A advertência é do médico Paulo Cesar Geraldes, responsável pela Câmara Técnica de Psiquiatria e Saúde Mental do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj).

;Aqui no Rio não tem onde internar os pacientes. Além disso, é necessário que se tenha uma equipe preparada para atender a esse tipo de problema;, disse o representante do Cremerj. Ele se mostrou favorável à internação involuntária. ;Nós somos a favor da internação do paciente, que infelizmente não tem o autocontrole. Essa droga [o crack] tira completamente o desejo do indivíduo de fazer qualquer coisa, a não ser quando ele cai em si e vê que está acabando com sua vida;.



Geraldes disse que essas operações só podem ocorrer com acompanhamento direto de um profissional de medicina. ;Só pode ser feito com médico, que tem de avaliar se é caso de internação ou não, inclusive na internação compulsória, que é feita pelo juiz. Ele consulta o médico para saber realmente se o caso seria de internação.;

[SAIBAMAIS]O representante do Cremerj salientou que as ações de recolhimento devem ser feitas com cuidado, respeitando a dignidade dos usuários. ;A operação deve ser feita com os profissionais preparados para isso. Não pode ser feita de forma atabalhoada nem policialesca. São seres humanos que têm esse problema e têm direito a atendimento digno, como todas as outras pessoas.;

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) foi procurada para comentar a avaliação do Cremerj, mas não se pronunciou até a publicação desta matéria.

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