Brasil

Novo hospital infantil do Rio tem atendimento em oncologia e transplantes

Pacientes de até 19 anos podem ser atendidos no hospital, que também recebe casos cirúrgicos de câncer e ortopedia

postado em 04/03/2013 16:36
Rio de Janeiro - O governo do estado inaugurou nesta segunda-feira (4/3) o Hospital da Criança, unidade administrada pela Rede D;Or por meio de uma organização social de saúde (OSS). O serviço é dirigido a crianças e adolescentes até 19 anos e atende a casos cirúrgicos de câncer e ortopedia, além de transplantes de rim e fígado.

Com decoração repleta de cores e referências ao universo infantil, o hospital, localizado na Vila Valqueire, na zona oeste, não tem emergência e atenderá apenas a pacientes do SUS encaminhados de outras unidades de saúde, como o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) e o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Com o hospital, serão reforçados os transplantes infantis de rim e fígado, prejudicados desde o fechamento do setor de transplantes do Hospital Federal de Bonsucesso, em dezembro. O Hospital da Criança também vai ajudar a desafogar a fila do Into, com o atendimento de 120 pacientes que aguardavam há até cinco anos por cirurgias. Os primeiros 36 serão atendidos amanhã (5).

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o hospital tem capacidade de fazer 450 transplantes, 2,4 mil quimioterapias, 3,3 mil procedimentos cirúrgicos de alta complexidade e 8,4 mil consultas ambulatoriais anuais. Na unidade, os pacientes podem se submeter a tomografias computadorizadas, ultrassonografias, ecocardiografias e broncoscopias.

Também são oferecidos serviços de fisioterapia motora e respiratória, terapia ocupacional e apoio psicológico às famílias e pacientes. No total, são 58 leitos de enfermaria, 16 de unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal, nove de UTI pediátrica e oito poltronas de quimioterapia.



O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que participou da inauguração, disse que o governo federal vai arcar com cerca de metade do custeio do hospital, com o repasse anual de R$ 35 milhões ao governo do Rio. Padilha destacou que o hospital representa um salto no tratamento humanizado no Brasil.

"Tem que transformar o hospital, não em um lugar triste, mas um lugar feliz. O hospital, acima de tudo, é um lugar de vida, um lugar onde a gente salva as pessoas de uma situação de sofrimento e busca reconstruir a alegria. E nada merece mais esforço em reconstruir alegria do que as crianças".

Um dos destaques da decoração infantil é a máquina de tomografia, em forma de nave espacial, com luzes de LED representando estrelas e desenhos de crianças com roupas de astronauta. No elevador, os botões dos andares são apelidados de painel de controle e, já na recepção, muitas cores estão na bancada e pelas paredes do salão de espera.

O governador Sérgio Cabral defendeu o modelo de administração de OSS, que permite a entidades privadas participarem da administração de hospitais públicos: "O cidadão que vai receber a prestação do serviço quer é que ele seja gratuito. Ele não quer saber se a gestão é compartilhada, se é só de funcionários terceirizados... quer saber de resultado".

O Hospital da Criança ocupará o prédio do antigo Hospital Rio de Janeiro, unidade privada da Rede D;Or, que será responsável por contratar e treinar mais de 700 profissionais de saúde.

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