Brasil

Doenças que deixam marcas no corpo afetam o lado emocional de pacientes

Episódio relatado pela coreógrafa Deborah Colker colocou em evidência um desafio diário de milhares de pessoas no país

postado em 25/08/2013 07:40

Taísa Lino tem epidermólise bolhosa:

O episódio relatado pela coreógrafa Deborah Colker, que prometeu processar a empresa aérea GOL depois que funcionários a abordaram exigindo um atestado médico do neto dela, de 4 anos, devido a erupções no rosto do garoto causadas por uma doença rara não contagiosa, colocou em evidência um desafio diário de milhares de pessoas no país. Acometidos por enfermidades que deixam sequelas visíveis têm de lidar diariamente com o desgaste emocional trazido pelo problema. Pegar um ônibus, frequentar a escola ou estender a mão para cumprimentar alguém pode se tornar um martírio na vida de quem carrega no rosto ou no corpo os sinais de um diagnóstico quase sempre sem cura. Fuzilados por olhares que vão da mera curiosidade à repugnância, esses pacientes lutam para driblar a rejeição e não deixar a autoestima cair.

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Mesmo porque, o equilíbrio emocional, destaca o dermatologista Pedro Zancanaro, está intimamente ligado à evolução de determinadas doenças, sobretudo aquelas classificadas como autoimunes e nem tão incomuns, como vitiligo e psoríase. ;É impressionante como percebemos, no dia a dia, que os pacientes com acompanhamento psicológico têm evolução melhor;, afirma o médico. Ele participou de uma pesquisa, concluída em 2009, com 100 pacientes de vitiligo do Hospital Universitário de Brasília a respeito das emoções trazidas pela enfermidade. Medo (71%) e vergonha (57%) foram as mais referidas no levantamento, que também registrou insegurança (57%) e inibição (53%). ;O estudo focou em vitiligo, mas esses sentimentos se repetem em outras doenças com tais peculiaridades;, afirma Zancanaro, que é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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