Brasil

Famílias protestam contra saída de médicos que tratam doença grave

Em 1º de março de 2013, a Advocacia Geral da União emitiu parecer que os servidores federais não devem trabalhar em unidades geridas por organizações sociais, por falta de amparo legal

postado em 18/10/2013 18:45

Com a intenção de alertar a pasta sobre a saída dos médicos, a presidente da AbraXP, Gleice Machado, decidiu reunir os portadores e protestar na capital goiana

Familiares e portadores de uma doença genética rara, o xeroderma pigmentoso (XD), protestaram em frente ao prédio do Ministério da Saúde, em Goiânia, na tarde desta sexta-feira (18/10). Eles criticam a saída dos médicos responsáveis pelo tratamento dos pacientes com a enfermidade no Hospital Geral de Goiânia Alberto Rassi (HGG).

Em 1; de março de 2013, a Advocacia Geral da União emitiu parecer que os servidores federais não devem trabalhar em unidades geridas por organizações sociais, por falta de amparo legal. A Associação Brasileira do Xeroderma Pigmentoso (AbraXP), a Secretaria de Saúde do estado e o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech) afirmam, contudo, que o ambulatório do HGG é a única unidade hospitalar do Centro-Oeste a tratar o XP e a maioria dos profissionais acompanham os portadores há anos.

Leia mais notícias em Brasil


Com a intenção de alertar a pasta sobre a saída dos médicos, a presidente da AbraXP, Gleice Machado, decidiu reunir os portadores e protestar na capital goiana. Por terem alta sensibilidade ao sol, eles estivavam munidos de guarda-chuvas pretos. Cerca de 100 pessoas participaram da manifestação. ;Estamos preocupados em ter esse tratamento interrompido, porque a equipe é da União. Viemos cobrar para que o Ministério (da Saúde) abra uma exceção para esses funcionários da especialidade continuarem. Eles estão há mais de três anos conosco;, ressalta.

Gleice é moradora do povoado Araras, onde vivem cerca de 25 pessoas com a doença. Segundo a representante, não só o portador, como todo o círculo familiar tem de ser assistido. ;Temos pessoas com o XP, mas que não manifestaram o quadro clínico, como eu. Meu filho infelizmente manifestou e está enfrentando câncer de todo tipo, é muito complicado. Ficamos mobilizados e cobramos melhorias;, relata.

Por meio da assessoria, o Idtech informou que o prazo para a conclusão das transferências expirou em 16 de outubro e, uma semana antes, a Secretaria pediu a prorrogação por mais 90 dias do prazo determinado. Em ofício ao Ministério, a pasta destacou a necessidade de manter os profissionais, mas não houve resposta.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação