Brasil

Crea visita pontos críticos de enchentes no Rio de Janeiro

objetivo da ação é fazer um levantamento detalhado dos problemas encontrados e apontar soluções sustentáveis

postado em 19/12/2013 19:09

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (CREA-RJ) inspeciona áreas atingidas pelas enchentes com o objetivo de fazer um levantamento detalhado dos problemas dessas regiões. Na foto, as margens do Rio Meriti, Baixada Fluminense

Rio de Janeiro - Uma semana após as fortes chuvas no estado do Rio, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) decidiu visitar hoje (19) os pontos mais críticos da região metropolitana. O objetivo da ação é fazer um levantamento detalhado dos problemas encontrados e apontar soluções sustentáveis. A partir desse trabalho, será elaborado um relatório, que será entregue ao governo do estado, ao Ministério Público e às prefeituras dos municípios visitados.

O ponto de partida da ação foi a zona norte da capital fluminense, onde foram inspecionados três locais: o Mercado de São Francisco, na Penha; o Rio Irajá e a comunidade Fazenda Botafogo, em Acarí. Depois, o grupo de técnicos seguiu para dois pontos da Baixada Fluminense: a Via Dutra e o Rio Botas, em Nova Iguaçu.

De acordo com o presidente do conselho, Agostinho Guerreiro, a equipe constatou problemas parecidos em todos os pontos inspecionados. "A maioria dos rios está assoreados. Algumas ações, como as ecobarreiras [redes colocadas nos rios para conter os resíduos sólidos], não estão funcionando, por falta de manutenção. A maioria está destruída. Muitas pontes impedem a passagem da água e, por isso, precisam ser reformuladas. Além disso, a ocupação desordenada e desrespeito ao código florestal. Constatamos topos de morros e áreas de encostas completamente desmatados;, disse.


Por meio de nota, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, já é beneficiada por um conjunto de intervenções de recuperação ambiental e combate às enchentes, em andamento desde 2007.

"Somente na primeira etapa de obras foram dragados 60 quilômetros de rios e canais, com a retirada de 5,58 milhões de toneladas de lama e lixo; reassentadas mais de 3 mil famílias que viviam em áreas de risco de inundação; implantados 14 quilômetros de vias marginais, com a instalação de oito parques fluviais nas áreas de risco de modo a evitar reocupações; plantadas 2,2 mil árvores; e construídas três pontes, diz a nota.

O Inea informou ainda que, No último dia 11, fez um trabalho de desassoreamento e dragagem do Rio Botas, a pedido da prefeitura de Nova Iguaçu, a fim de evitar enchentes na região.

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