Brasil

Nível do Rio Madeira sobe mais e ultrapassa a cota de 18,8m de profundidade

Transbordamento inundou diversos trechos da BR-364, única via de acesso pavimentado ao Acre, que está praticamente isolado

postado em 07/03/2014 06:02

Vista aérea de um dos trechos inundados da BR-364, na saída de Porto Velho. O acesso ao Acre é precário

Mesmo depois de bater o recorde registrado em 1997, o nível do Rio Madeira não para de subir. Além de afetar municípios de Rondônia ; inclusive a capital, Porto Velho ;, o transbordamento do rio inundou diversos trechos da BR-364, única via de acesso pavimentado ao Acre, que está praticamente isolado. O trecho mais afetado fica em Jaci-Paraná, distrito de Porto Velho (veja quadro). O rio ultrapassou a cota de 18,8m de profundidade. Por causa da enchente, o Acre passou a depender da Força Aérea Brasileira (FAB) para receber mantimentos. E a previsão não é animadora: o nível do Madeira deve subir ainda mais nos próximos dias.

Os problemas começaram há cerca de um mês, quando distritos de Porto Velho entraram em situação de alerta, após o Madeira romper a barreira dos 16,68m. Duas semanas depois, as cidades de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, no noroeste de Rondônia, ficaram isoladas. O estado já conta mais de 2 mil famílias desabrigadas. No dia 27 de fevereiro, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) interditou o trecho da BR 364 que corta Jaci-Paraná, distrito de Porto Velho, por causa do alagamento.



;Desde então, nós estamos em uma união para não faltar itens como alimentos, combustíveis e gás de cozinha e pensando em estratégias para continuar garantindo mantimentos ao estado;, disse ao Correio a secretária da Casa Civil do estado, Márcia Regina Pereira. Ela e o governador do estado, Tião Viana, participaram ontem, em Brasília, de reuniões com autoridades do governo federal.

Alimentos estão chegando ao estado por meio de alguns caminhões que ainda conseguem transpor as áreas alagadas e de aviões cargueiros da FAB que, após acordos com fornecedores, já fez 17 voos . O gás de cozinha chega por balsa de Manaus, enquanto os demais combustíveis são abastecidos por meio de uma base da Petrobras em Cruzeiro do Sul, no interior do estado. O Peru, que se liga ao Acre pela Rodovia Interoceânica, também ofereceu ajuda para fornecer alimentos. Segundo Márcia Regina Pereira, o Ministério da Agricultura enviará funcionários ao Acre para agilizar os trâmites burocráticos que permitirão a importação de mantimentos do país vizinho.

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