Brasil

Programa apontará caminhos para RJ enfrentar mudanças climáticas

De acordo com o prefeito, a Prefeitura do Rio está atenta às cinco prioridades definidas no Protocolo de Kyoto

postado em 22/01/2015 17:24
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, apresentou hoje (22), no Palácio da Cidade, em Botafogo, o Programa Rio Resiliente, estratégia que aponta as principais orientações da cidade para enfrentar impactos causados por mudanças climáticas e desafios urbanos nas próximas décadas.

Documento elaborado com a participação de funcionários de 40 órgãos municipais, o programa será coordenado pelo Centro de Operações Rio (COR).

De acordo com o prefeito, a Prefeitura do Rio está atenta às cinco prioridades definidas no Protocolo de Kyoto, documento assinado em 2005, no Japão, por representantes de 168 países membros das Nações Unidas.

Os pontos mais importantes são prioridade para redução de risco de desastre, conhecimento do risco e adoção medidas, desenvolvimento de uma maior compreensão e conscientização, redução do risco e fortalecimento da preparação em desastres para respostas eficazes.



Com ações como implantação do Centro de Operações, integrado por 30 instituições municipais, estaduais e concessionárias, aquisição de novo radar meteorológico e fortalecimento da Defesa Civil, o Rio de Janeiro entrou para a lista das 32 primeiras cidades selecionadas para a rede ;100 Resilient Cities (100 Cidades Resilientes).

A rede é vinculadada à Fundação Rockefeller, organismo internacional sem fins lucrativos que incentiva iniciativas filantrópicas e possibilita a troca de experiências com cidades como Melbourne ( Austrália) e New Orleans ( Estados Unidos), que já passaram por desastres naturais.

Segundo Pedro Junqueira, chefe executivo de Resiliência e Operações do COR, o emprego deste termo tem a ver com a forma como os governos lidam com mudanças climáticas e outros fatores que possam trazer menos impacto para a cidade e seus habitantes.

;Numa cidade resiliente, as pessoas estão em primeiro lugar. Por isso, os riscos são constantemente mapeados e monitorados. Temos uma linha de ação com os riscos conhecidos. Com os desconhecidos, temos de estar abertos às novas ideias e teorias. As cidades resilientes não são invencíveis. Elas passam por problemas, mas se adaptam, enfrentando os problemas que surgem;, disse Junqueira.

Para a Defesa Civil Municipal do Rio de Janeiro, os deslizamentos de encostas representam o maior problema das chuvas fortes, principalmente no verão. Por essa razão, o principal foco é a proteção dos moradores que vivem em áreas de risco.

Conforme o prefeito, embora os deslizamentos sejam a mais trágica consequência das chuvas fortes na cidade, também há a preocupação com os alagamentos. Para evitá-los, diversas obras estão sendo realizadas, como os quatro piscinões na região da Grande Tijuca, na zona norte, para diminuir o acúmulo de água pluvial no entorno da Praça da Bandeira.

O prefeito Eduardo Paes lembrou a importância de minimizar o impacto dos fenômenos naturais e humanos no cotidiano da cidade. ;Eles causam impactos em toda cidade. Sendo resilientes, a prefeitura pode se organizar para evitar que motoristas fiquem com carros alagados na Praça da Bandeira. Assim, podemos desviar o trânsito, com um esforço conjunto com o Centro de Operações. As ações avançaram muito, mas os desafios ainda são enormes;, concluiu.

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