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Professores em greve voltam às ruas de São Paulo por aumento salarial

postado em 17/04/2015 18:39
Aproximadamente 3 mil professores da rede pública de São Paulo caminhavam no começo da noite desta sexta-feira (17/4) até a sede da Secretaria Estadual de Educação após assembleia que determinou continuidade da greve. A Polícia Militar estima a presença de 3 mil professores, enquanto o Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) aponta 60 mil participantes. Nova reunião foi marcada para a próxima sexta (24/4). Um dia antes, os professores devem se reunir com representantes do governo paulista na sede da Secretaria Estadual da Educação, na Praça da República.

Na assembleia de hoje, os professores carregavam várias faixas e um caixão, onde escreveram a mensagem ;Aqui jaz a educação;. Durante o protesto, o governador Geraldo Alckmin foi vaiado. A categoria está em greve desde 13 de março e reivindica aumento salarial de 75,33%.

Em um momento de tensão, os professores estranharam a presença de uma tropa especial da Polícia Militar, normalmente chamada para atuar em manifestações e, temendo confronto, pediram a retirada dos soldados.

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Segundo o comandante da operação, capitão Diogo Rafael de Souza, a tropa pertence à Companhia de Ações Especiais da Polícia. ;É uma tropa de efetivo de apoio, e nada tem a ver com a tropa de choque. Não temos intenção de confronto ou confusão;, afirmou o capitão.

Segundo a professora aposentada Maria Sufaneide Rodrigues, integrante da diretoria da Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), a presença da tropa surpreendeu os professores, que não pretendem entrar em confronto ou provocar confusão. ;Em outras manifestações, não havia esse aparato. É claro que eles são da tropa de choque. Por mais que o comandante tenha explicado, entendemos que eles são da tropa de choque;, disse ela.

;Professor não veio para ter confronto com policial. Professor veio reivindicar salário e necessidades para sala de aula;, reforçou Maria Sufaneide, lembrando que as demais assembleias ocorreram de forma pacífica.

Na quarta-feira (15/4), eles ocuparam a sede da Assembleia Legislativa, após audiência pública sobre a greve. Os professores dormiram no Plenário Juscelino Kubitschek, onde permaneceram até a noite de ontem (16).

Segundo o sindicato da categoria, o objetivo da ocupação da sede do Legislativo foi pressionar o governo estadual pela abertura de negociação. Na próxima quarta-feira (22/4), às 16h, os professores participam de mais uma audiência pública na Assembleia Legislativa.

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