Brasil

Últimos dias para inscrição de novos universitários no Fies

Estudantes vivem calvário na reta final de inscrição para conseguir o benefício. Quem não obtém o financiamento, recorre a instituições privadas ou desiste dos estudos

postado em 26/04/2015 08:15

Carolina recorreu a um financiamento privado para arcar com as mensalidades do curso de pedagogia: situação recorrente em todo o país

A quatro dias de terminar o prazo para inscrição de novos contratos no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), candidatos ainda enfrentam dificuldades para conseguir o benefício. Devido às mudanças que o programa sofreu desde dezembro, a oferta foi restringida. Segundo dados do Fundo Nacional da Educação (FNDE) da última semana, foram admitidos 242 mil novos beneficiários. Em 2014, o número chegou a 731,7 mil. As vagas, neste ano, ficam abaixo das 500 mil esperadas pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), com base no número de alunos aprovados em processos seletivos que solicitaram o benefício.

Na última semana, o Ministério da Educação (MEC) adiou o limite de renovação de contratos para 29 de maio, em meio às dificuldades provocadas pela alteração do programa. Segundo o FNDE, 296 mil alunos aguardam o aditamento. O prazo de 30 de abril, contudo, foi mantido para novos pedidos. Antes, a adesão podia ser feita durante todo o ano e não havia a exigência de 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), além de não ter zerado a redação para aderir ao financiamento. A pasta também limitou o reajuste das mensalidades a 6,4% e está priorizando, nos novos contratos, cursos com nota máxima (5) no Conceito Preliminar de Curso (CPC), índice que avalia a qualidade. Vagas para graduações com notas 3 e 4 são analisadas a partir de aspectos regionais. Até o ano passado, bastava alcançar nota 3.

A administradora Lili Curalov, de 55 anos, não terá como pagar o curso de medicina da filha, caso não consiga o financiamento subsidiado pelo governo. Vivian Borba, 21, frequenta a Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo, desde fevereiro. ;Fiz um empréstimo para pagar a matrícula e estou com três mensalidades vencidas. É uma dívida de mais de R$ 20 mil;, afirma. Após entrar em contato com o MEC, a faculdade recomendou que a mãe da estudante alterasse o valor da semestralidade, a fim de se adequar ao teto do reajuste. O site, contudo, não grava a alteração e não há resposta. Uma das mensagens enviadas pelo site está há quatro semanas sem resposta. A família está mobilizada desde 23 de fevereiro, quando abriram as inscrições. ;Eu tenho tentando a noite inteira. Nós ficamos quase 24 horas por dia on-line e não conseguimos;, conta Lili.

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