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Sequência de crimes e morte de ciclista abre crise na segurança do Rio

Vítima foi esfaqueada enquanto andava de bicicleta em área nobre do Rio de Janeiro. Incidente provoca troca de comando de batalhão responsável por policiamento na região da Lagoa Rodrigo de Freitas. Episódio ocorre a pouco mais de um ano das Olimpíadas

postado em 21/05/2015 06:03

Protesto próximo ao local onde Jaime (no detalhe) foi alvo de criminosos: insegurança na sede dos Jogos Olímpicos de 2016

A morte do ciclista Jaime Gold, um médico de 56 anos, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, somada a uma sequência de crimes, levou o secretário de Segurança do estado, José Mariano Beltrame, a trocar o comando do 23; Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento da área. Os atos violentos em uma das regiões nobres da cidade a pouco mais de ano das Olimpíadas têm provocado insegurança e revolta nos moradores. Jaime foi atacado com facadas no início da noite de terça-feira enquanto andava de bicicleta e faleceu na manhã de ontem. De acordo com a Delegacia de Homicídios (DH), foi feita uma perícia complementar no local da morte, ;testemunhas estão sendo ouvidas e imagens de câmeras de segurança, analisadas;.

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Outro caso recente de violência na região foi o assalto a Victor Didier, 19 anos, que também estava em uma bicicleta. Ele ficou duas semanas internado em uma unidade de tratamento intensivo após ter sido roubado no início da noite de 19 de abril. ;Foram quatro facadas. Ele quase morreu, porque atingiram os pulmões e por pouco não atingiram as veias principais;, conta o pai da vítima, o executivo Christophe Didier, 51. Segundo o Instituto de Segurança Pública do Rio, foram registradas 1.049 ocorrências em abril na região da Lagoa, que abrange sete bairros da Zona Sul. Dessas, 83 foram casos de lesão corporal dolosa (com intenção de ferir) e 118 roubos, sendo 62 assaltos a transeuntes, nos quais se enquadram os crimes envolvendo ciclistas. As delegacias não discriminam nos registros roubos de bicicletas.

;Mais do que lamentável, é inadmissível o que aconteceu;, afirmou Beltrame. Ele admitiu que há dificuldades na atuação policial e que a PM discute ações conjuntas com a guarda municipal. O secretário enfatizou a importância turística ao se referir ao local como ;um cartão-postal;. De acordo com o novo comandante da PM no Leblon, policiais farão abordagens nos ônibus e haverá apoio de agentes do serviço reservado da própria unidade e do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas. O patrulhamento na região tem duas cabines de polícia e rondas diárias de viaturas, policiamento a pé, em carrinhos elétricos, em motos e em bicicletas. De acordo com a assessoria da PM, 48 homens reforçaram as ações ostensivas ontem.

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