Brasil

Jogos Mundiais Indígenas: etnias apresentam a cultura por meio do esporte

O Cerrado estará representado pelos povos Karajá, Bakairi, Paresi, Xavante, Bororo, Nhambikwara, Rikbatsa, Canela, Manoki, Tairapé, Xerente, Javaé, Kamaiurá e Kuikuro

postado em 21/10/2015 17:26
Esportistas de diversas regiões do Brasil e do mundo já estão em Palmas, no Tocantins, para participar da primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. Muitos não são atletas profissionais, mas terão a oportunidade de apresentar a própria cultura por meio do esporte. O evento reunirá 23 etnias brasileiras, além de populações tradicionais de outros 22 países.

O Cerrado estará representado pelos povos Karajá, Bakairi, Paresi, Xavante, Bororo, Nhambikwara, Rikbatsa, Canela, Manoki, Tairapé, Xerente, Javaé, Kamaiurá e Kuikuro

Um dos organizadores do evento, o Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena, não segue a divisão regional brasileira, mas a geografia étnica, levando em conta os biomas nacionais: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Floresta Amazônica, Pampas e Pantanal. Para participarem, os indígenas precisam ser originários de suas aldeias, falar a língua tradicional e conhecer a própria cultura. Dentro da etnia, o cacique e o chefe da delegação recrutam os atletas.

O Cerrado estará representado pelos povos Karajá, Bakairi, Paresi, Xavante, Bororo, Nhambikwara, Rikbatsa, Canela, Manoki, Tairapé, Xerente, Javaé, Kamaiurá e Kuikuro

O Cerrado estará representado pelos povos Karajá, Bakairi, Paresi, Xavante, Bororo, Nhambikwara, Rikbatsa, Canela, Manoki, Tairapé, Xerente, Javaé, Kamaiurá e Kuikuro. O povo Xerente é o anfitrião da festa. Eles vivem no Tocantins e estão divididos em duas terras indígenas. Estudo realizado pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em 2010, contabilizou 3 mil indígenas deste povo. Os Xerente já participaram de cinco edições dos jogos indígenas nacionais e a principal atividade deles no evento é a corrida com tora.

O Cerrado estará representado pelos povos Karajá, Bakairi, Paresi, Xavante, Bororo, Nhambikwara, Rikbatsa, Canela, Manoki, Tairapé, Xerente, Javaé, Kamaiurá e Kuikuro

Os povos Asurini, Waiwai, Kayapó, Gavião Kykatejê, Gavião Parakatejê e Matis são os representantes da Amazônia. Os Matis, por exemplo, estão no Amazonas, na Terra Indígena do Vale do Javari. Estudos de 2010 apontavam 390 remanescentes da etnia. Os ornamentos desses povos são uma forma de identidade que define origem, gênero e idade. Mas, com o crescente contato com não indígenas, muitos adornos acabaram em desuso. Os Matis já participaram de oito edições dos jogos e a principal atração desse grupo é a zarabatana.

O Cerrado estará representado pelos povos Karajá, Bakairi, Paresi, Xavante, Bororo, Nhambikwara, Rikbatsa, Canela, Manoki, Tairapé, Xerente, Javaé, Kamaiurá e Kuikuro

O povo Pataxó marca a participação da Mata Atlântica. Cerca de 11,8 mil índios Pataxó vivem entre o extremo sul da Bahia e o norte de Minas Gerais. Pelos registros históricos, os primeiros contatos com os Pataxó ocorreram no século 16 por colonos que os descreviam como povos amigos. Os Pataxó já participaram de dez edições dos jogos indígenas e a principal atividade desse povo é a corrida.

O Cerrado estará representado pelos povos Karajá, Bakairi, Paresi, Xavante, Bororo, Nhambikwara, Rikbatsa, Canela, Manoki, Tairapé, Xerente, Javaé, Kamaiurá e Kuikuro

Das terras mais ao Sul do Brasil vem o povo Kaingang, representando os Pampas. Os Kaingang estão distribuídos em quatro estados: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, ocupando mais de 30 terras indígenas, que representam uma pequena parcela do território original. A população Kaingang é de cerca de 34 mil pessoas. Eles já participaram de oito edições dos jogos indígenas e se destacam no arremesso de lança.



Os representantes do Pantanal são os povos Terena e Guarani Kaiowá. Originalmente, os Terena habitavam o estado de Mato Grosso do Sul, mas hoje estão divididos em 16 terras indígenas e também podem ser encontrados nos estados de Mato Grosso e São Paulo. A luta pela demarcação é constante, pois ainda existem terras que não foram demarcadas. Atualmente são mais de 25 mil índios. Eles já participaram de 10 edições dos jogos e a principal participação é no arco e flecha.

Nesta edição dos Jogos Mundiais Indígenas, a Caatinga não terá representante.

O Cerrado estará representado pelos povos Karajá, Bakairi, Paresi, Xavante, Bororo, Nhambikwara, Rikbatsa, Canela, Manoki, Tairapé, Xerente, Javaé, Kamaiurá e Kuikuro

Prefeito de Palmas
Esbanjando bom humor, o prefeito de Palmas, Carlos Amastha, agradeceu hoje (21), em entrevista, o apoio do governo federal e de empresas privadas para a realização dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI) na capital de Tocantins. Segundo ele, essa parceria garantirá o sucesso do evento, que começa sexta-feira (23) e termina em 1; de novembro, reunindo 23 povos nacionais e grupos indígenas de 22 países.

Carlos Amastha enfatizou que a prefeitura teve um gasto de R$ 4 milhões na organização dos jogos. O dinheiro foi usado para custeio de alimentação dos indígenas e reforma das escolas que recebem os atletas estrangeiros. No entanto, conforme acrescentou Amastha, o apoio maior veio de empresas privadas e do governo federal.

O prefeito comentou a possibilidade de contar com a presença da presidenta da República, Dilma Rousseff, na abertura do evento, sexta-feira (23). A presença de Dilma tem sido especulada há dias, mas ainda não foi confirmada.

A cerimônia de abertura está marcada para as 17h30 de sexta-feira e será fechada ao público. Apenas convidados, num total de 5 mil, terão acesso à Arena Verde, local da festa. Um telão será instalado em uma praça da cidade, a fim de que a população possa acompanhar a abertura do evento. O mesmo local receberá shows de artistas locais e outros nacionais.

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