Brasil

Com crescimento do País, aviação regional se desenvolverá mais, diz Embraer

O executivo ainda ressaltou que a Embraer enxerga espaço no mercado brasileiro para aviões de 100 assentos, segmento em que a empresa é especializada

Agência Estado
postado em 25/02/2016 13:58
O presidente da Embraer Aviação Comercial, Paulo Cesar Silva, afirmou nesta quinta-feira, 25, em coletiva de imprensa, que o momento atual da economia brasileira não é favorável para nenhum tipo de investimento, mas que, quando o País voltar a crescer, a aviação regional passará por um maior desenvolvimento

"O mercado brasileiro é bastante grande e importante quando olhamos no contexto global. Nós vemos o futuro da aviação regional no Brasil com bons olhos", disse Silva. "Claro que isso não vai acontecer neste momento, vemos a economia encolhendo, mas, quando o País voltar a crescer, teremos mais desenvolvimento da aviação regional".

O executivo ainda ressaltou que a Embraer enxerga espaço no mercado brasileiro para aviões de 100 assentos, segmento em que a empresa é especializada. Silva também afirmou que os investimentos em infraestrutura e novos aeroportos são fundamentais para o desenvolvimento da aviação regional no Brasil.

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[SAIBAMAIS]"Não adianta querer desenvolver uma região se não há condições mínimas para pistas de aeroporto. Mas não tenho dúvida de que os investimentos vão chegar, de que o governo vai investir para ter regionalização maior".

A Embraer apresentou nesta quinta, em cerimônia realizada em São José dos Campos (SP), o E190-E2, primeiro jato da segunda geração da família de E-Jets de aviões comerciais, os E-Jets E2. O voo inaugural da aeronave está programado para o segundo semestre de 2016, com entrada em serviço prevista para 2018.

O programa E2 foi lançado em junho de 2013 com um investimento de US$ 1,7 bilhão, visando a manutenção da liderança da Embraer no segmento de aviões de 70 a 130 assentos. Os novos jatos possuem motores e equipamentos de alto desempenho e mudanças aerodinâmicas que resultarão em menores custos de manutenção e consumo de combustível.

Desde o lançamento do programa, os E-Jets E2 já receberam 640 pedidos, sendo 267 firmes e 373 opções e direitos de compra. O E190-E2 terá o mesmo número de assentos do atual E190, podendo ser configurado com 97 ou 106 assentos.

Mercado Global

Os E-Jets E2 já receberam encomendas de companhias aéreas de Estados Unidos e China, destacou o diretor comercial (CCO) da Embraer Aviação Comercial, John Slattery. O executivo ainda ressaltou que, em relação à Europa, ainda não há ordens anunciadas, mas que a empresa realiza campanhas específicas na Europa Ocidental para as novas aeronaves.

Silva ainda comentou que os preços baixos do petróleo nos mercados globais são favoráveis à indústria, dado que existe uma relação entre preço do petróleo e pedidos de aeronaves. "Nesse sentido, é bom para a indústria".

O executivo ressaltou, no entanto, que as aéreas tomam decisões em longo prazo, fazendo análises para os próximos 15 a 20 anos. "Acho que ninguém espera que o petróleo vá ficar nos preços atuais. A tendência é que o preço suba, se estabilize num patamar que ninguém sabe qual é. Acho que não é absurdo imaginar o petróleo entre US$ 60 e US$ 90 mais a frente".

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