Brasil

Debates sobre o Fórum Mundial da Água seguem até esta quarta-feira

Durante evento preparatório do Fórum Mundial da Água, especialistas destacam a importância de investimentos em reservas hídricas e atenção aos esgotos nas cidades brasileiras

postado em 28/06/2016 06:00

Benedito Braga, Rodrigo Rollemberg e Vicente Andreu: diálogo aberto sobre o futuro da água


Se as chuvas e outras ações amenizaram a crise hídrica que assolou o estado de São Paulo, falta de água ainda assombra outras regiões do país, como o Nordeste, que enfrenta uma das maiores secas dos últimos 50 anos e impõe uma série de desafios ao Brasil, segundo especialistas. Investir em reservas hídricas, coleta e tratamento de esgoto, por exemplo, são metas para o país, que sediará em março de 2018 o 8; Fórum Mundial da Água. A análise é do presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, que participou ontem do lançamento oficial do evento, em que estiveram cerca de 700 representantes de 57 países. A largada segue até amanhã em Brasília, onde será sediado o Fórum. É a primeira vez que um país do Hemisfério Sul dará palco ao evento.

[SAIBAMAIS]Integrante da organização do Fórum, Braga enumera alguns desafios ao Brasil. Ele defende, por exemplo, o aumento no número de reservatórios de água e a ampliação do debate acerca das polêmicas em torno das construções. ;O país precisa aumentar sua segurança hídrica. Significa ter mais reservatórios de água. Precisamos abrir uma discussão com o pessoal do meio ambiente no sentido de que entendam que a construção de barragens tem impacto, mas os benefícios advindos desses reservatórios são muito maiores do que os malefícios por ele trazidos;, afirma Braga, que também é secretário de de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo. Segundo ele, ainda mais se forem levados em conta os prognósticos de secas para o futuro, é necessário estar preparado. ;O meio ambiente é muito importante, mas temos que pensar que as pessoas também são importantes porque a população merece ter mais segurança.;

O presidente do Conselho também defende que é preciso investir na coleta e no tratamento de esgoto. E que alternativas de reúso de água, como a dessalinização, devem ser consideradas e analisadas segundo a região. A mesma ideia defende o presidente da Agência Reguladora de Águas e Saneamento do Distrito Federal (Adasa), Paulo Salles. "Não podemos tolerar as pessoas não terem água limpa para beber e um esgoto tratado. A situação é a seguinte: São Paulo está relativamente recomposta. Agora, o Nordeste continua sem água. O Nordeste está enfrentando o que talvez seja uma das piores crises, secas da história;, disse.

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