Brasil

Chuva e baixa visibilidade podem ter provocado queda do avião de Teori

No Twitter, pessoas que declaravam estar próximas ao local da queda do avião relataram que a chuva era tão forte que chegou a congestionar o trânsito na cidade litorânea

Vilhena Soares
postado em 20/01/2017 06:00
O acidente ocorreu próximo ao cais de Paraty: previsão do Inmet era de tempo nublado e rajadas de vento
O ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e os outros quatro integrantes da aeronave tentavam chegar à cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, em um momento adverso, com chuva forte e baixa visibilidade, o que pode ter dificultado o trabalho do piloto. As más condições haviam sido previstas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), e a área litorânea carioca costuma enfrentar períodos chuvosos durante o verão, com tempo nublado e fortes ventos.
No Twitter, pessoas que declaravam estar próximas ao local da queda do avião relataram que a chuva era tão forte que chegou a congestionar o trânsito na cidade litorânea. Em seu site, o Inmet informa que a expectativa para a hora do acidente era de ;tempo nublado, encoberto com chuva e com rajadas de vento;. Havia ainda a possibilidade de pancadas de chuva isoladas durante a noite.

Para Ivan Bitar, mestre em meteorologia e piloto privado de avião, o mau tempo pode ter prejudicado o piloto da aeronave em que o ministro estava. ;Claro que só saberemos os fatores que provocaram o acidente com as investigações, mas, como o tempo estava realmente muito nublado e chuvoso, a visibilidade parecia ser bem pouca. Temos a visão horizontal, que é o que você vê de frente, e a vertical, que é a de cima. Pelas fotos, elas pareciam prejudicadas. Nunca voei naquela região, mas sei que é uma área montanhosa, que pode dificultar o pouso, caso o tempo não seja favorável;.

O meteorologista também explica que, quando o piloto não consegue visualizar bem o céu, o voo entra em regime de instrumento, quando ele conta com as ferramentas da aeronave para auxiliá-lo, além da ajuda do aeroporto para conseguir pousar com segurança. A pista de pouso de Paraty, porém, não tinha equipamentos necessários para esse procedimento. ;Por mais que o piloto seja habilitado para voar nessas condições e a aeronave tenha condições para isso, como o aeroporto não tinha as ferramentas de apoio, isso torna o pouso mais arriscado;, avalia Bitar.

O especialista supõe que o piloto possa ter tentado uma segunda aproximação quando a primeira se mostrou problemática. ;Ele pode ter tentado se aproximar com uma altitude mais baixa para poder enxergar, mas, nesse momento, pode ter criado um risco maior ainda porque existe a possibilidade de ter ocorrido uma desorientação espacial;, opina.
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