Brasil

Após acordo, mulheres de PMs no Espírito Santo encerram manifestação

Desde o começo do mês, as mulheres fecharam as entradas de batalhões e companhias de todo o Estado, impedindo a saída dos militares para policiamento nas ruas

Agência Estado
postado em 25/02/2017 12:27
Durante os 23 dias que as mulheres de policiais permaneceram na frente de batalhões, pelo menos 199 pessoas morreram
Após nove horas de reunião, no Ministério Público do Trabalho do Espírito Santo (MPT-ES), com secretariados do Governo Estadual e da Justiça capixaba, as mulheres que representam o movimento que paralisou o policiamento no Estado por 23 dias decidiram acabar com a manifestação até às 12h deste sábado. A ordem, segundo o que foi acordado, é desobstruir as entradas de todos os batalhões e liberar as viaturas para patrulhamento.

[SAIBAMAIS]De acordo com o documento assinado pelos representantes na reunião, foi assumido um compromisso, por parte do Governo do Estado de que não serão instaurados novos Procedimentos Administrativos Disciplinares (PADs). Porém, os que já foram feitos não poderão ser suspensos. Também ficou restabelecido o compromisso de não movimento de ações contra as associações dos policiais.

O Governo concordou com um dos pontos principais do documento, que traz a obrigação de um retorno em até 45 dias - a contar da data de transferência - a volta dos policiais para o seu local de origem. Nesta semana, 55 militares foram transferidos para outros batalhões e companhias. Foi acertado também que não haverá novas transferências de policiais da Grande Vitória para o interior do Estado e vice-versa, em eventual reformulação na PM.

A reunião começou as 22h da noite desta sexta-feira, 24, e se encerrou às 6h45 de hoje, sábado. Estavam presentes além de duas mulheres de PMs e secretariados do Governo, a Defensoria Pública da União, representantes do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Desde o dia 3 deste mês, as mulheres fecharam as entradas de batalhões e companhias de todo o Estado, impedindo a saída dos militares para policiamento nas ruas capixabas. Durante os 23 dias, pelo menos 199 pessoas morreram, segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol-ES).

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