Brasil

Presos em São Paulo tinham imagens de bebês sendo molestados, diz delegada

Todos os policiais ficaram chocados com as imagens

postado em 20/10/2017 19:26
Vídeos e imagens de bebês sendo molestados faziam parte do material que foi apreendido pelos policiais civis entre os presos na Operação Luz da Infância, em São Paulo. Segundo a diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Elizabete Sato, isso chocou os policiais que participaram da investigação no estado.

"Todos os policiais ficaram indignados com as imagens. Os policiais que não trabalhavam com esse time de crime não tinham ideia de como era essa investigação e do que iriam encontrar. Chocou mais o pessoal da [área de] Homicídios, em razão da idade das crianças. Tinha bebês sendo molestados. Isso é inadmissível", disse Elizabete Sato.

Em São Paulo, 25 pessoas foram presas em flagrante na Operação Luz na Infância, de combate à pedofilia, deflagrada nesta sexta-feira (20) em diversos estados. Segundo a delegada, dois dos presos respondem por compartilhamento de imagem. Os demais foram presos por armazenamento de imagens, com pena que varia de um a quatro anos de prisão e é crime afiançável [ou seja, podem pagar uma fiança para não ficar presos]. Entre os presos, três já tinham passagem pela polícia por outros crimes como roubo, desobediência e lesão corporal.

[SAIBAMAIS]Durante a operação em São Paulo, foram apreendidos 25 CPUs [processadores], 272 mídias, 43 celulares e 29 notebooks. De acordo com Elizabeth Sato, a investigação continua. A Secretaria de Segurança Pública informou que mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de São Paulo, Guarulhos, Franco da Rocha, São Bernardo do Campo, Santo André, Carapicuíba, Osasco e Praia Grande.

A operação recebeu o nome de Luz na Infância e foi feita pela Polícia Civil em diversos estados do país em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública. A operação é considerada uma das maiores do mundo no combate à pedofilia e envolve 1,1 mil policiais. O trabalho de investigação durou seis meses. A Diretoria de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública contou com a colaboração da Embaixada dos Estados Unidos.

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