Brasil

Mulher escapa depois de ser sequestrada pela segunda vez por ex-companheiro

Balconista seguia no sábado acompanhada de irmãos para casa, quando o homem, que não se conforma com separação, sequestrou a todos. No mês passado ele fez a mulher refém por mais de 12 horas

Estado de Minas
postado em 23/10/2017 12:40
Pela segunda vez, em pouco mais de um mês, uma mulher conseguiu escapar depois de ser sequestrada pelo seu ex-marido Máximo Freitas Mendes, de 41 anos, com quem conviveu por cerca de um ano. Com ajuda de comparsas, na tarde do sábado ele cercou o carro que a vítima estava e a obrigou a seguir viagem com ele em direção ao Vale do Rio Doce.

[SAIBAMAIS]Depois de 17h refém, a balconista M.P.G., de 35, conseguiu fugir do veículo e por volta das 7h desse domingo (22/10) e pediu ajuda no posto da Polícia Rodoviária, em Jaguaraçu, Vale do Rio Doce. Ela apresentava um corte na mão, depois de atacada pelo criminoso a golpe de facão. Em 13 de setembro, situação semelhante aconteceu quando a mulher foi sequestrada pelo ex-companheiro, quando saía da lanchonete em que trabalha na Rua Timbiras, no Barro Preto, Centro-Sul da capital.

No sequestro deste sábado, Máximo contou com a ajuda de comparsas em dois carros, um Honda Civic de cor escura e um Fox, verde. O crime ocorreu por volta das 14h, depois que a balconista deixou seu trabalho num Fiesta que presta serviço por aplicativo, acompanhada de seu irmão, irmã e um sobrinho, de 12.

Homem obrigou motorista de aplicativo a entregar o carro

Na Rua Engenho do Sol, no Bairro Engenho Nogueira, na Região da Pampulha, o motorista do aplicativo foi surpreendido quando o motorista do Honda Civic bateu na traseira de seu carro e o condutor de um Fox o fechou, parou logo à frente e, na sequência desceram dois homens armados, um deles reconhecido como Máximo.

O condutor do Fiesta foi obrigado a descer e o ex-marido da vítima assumiu a direção, a levando e seus parentes reféns. A irmã dela foi a primeira a ser deixada no Anel Rodoviário e ligou para a Polícia Militar. Momentos depois, o irmão e sobrinho da balconista foram abandonados no Bairro Gameleira, Oeste de BH.

Somente no começo da manhã deste domingo, depois de aproveitar que seu ex-marido parou num posto de combustível, a mulher conseguiu fugir e pedir ajuda aos agentes da PRF, que a colocaram de volta para casa num ônibus. O criminoso não foi localizado.

Mulher se separou há dois meses e desde então vive drama

Desde a separação há dois meses, M.P.G. tem sofrido com as ameaças do ex-companheiro. A separação veio depois que a balconista descobriu uma série de mentiras de Máximo, que antes se demonstrava uma pessoa séria, trabalhadora, e teria perseguido também a ex-mulher.

Na noite de 13 de setembro, a balconista também ficou mais de 12 horas refém do ex-companheiro. Ele a levou para um hotel, onde a obrigou a manter relações sexuais, depois rodou durante a madrugada por rodovias em direção a Governador Valadares, e a libertou no fim da manhã na casa de uma amiga dela em Vespasiano, na Grande BH.

Dias depois, atendendo a pedido da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, a juíza Maria Luíza Santa Assunção, concedeu medida protetiva à M.P.G., determinado que Máximo não poderia se aproximar dela, mantendo distância mínima de 50 metros. Porém, no último dia 15 ele invadiu a casa da família da balconista, na Região Noroeste de BH, armado com um facão, mas foi visto pela mãe e irmão da vítima e fugiu.

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