Brasil

Ações em três estados miram quadrilhas de assaltantes de bancos

Na ação, os criminosos utilizavam armas de grosso calibre, em sua maioria fuzis. Eles utilizavam táticas de realização de diversos disparos durante os delitos, espalhando clima de terror na população de pequenas cidades

Jacqueline Saraiva
postado em 30/11/2017 12:10

Quadrilhas eram especializadas em explosões e roubos de agências

Após investigações nos últimos 18 meses, a Polícia Federal realizou, com o apoio da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná (SESP), a Operação Miguelito, nesta quinta-feira (30/11). A PF mira organizações criminosas especializadas em explosões e roubos em agências bancárias. Das 35 ordens expedidas pela Justiça Federal em Maringá (PR), 10 são de prisão preventiva, 5 de prisão temporária, 2 de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão. Agentes percorream as cidades de Londrina, Cambé, Arapongas e Curitiba no estado do Paraná; Sandovalina e Euclides da Cunha Paulista, em São Paulo; e Nova Andradina no Mato Grosso do Sul.

De acordo com a Polícia Federal, ao menos dois grupos são responsáveis por ataques a instituições financeiras nas cidades paranaenses de Marialva, Mandaguaçu, Terra Rica - onde ocorreram crimes por duas vezes -, Porecatu, Itambé e Barbosa Ferraz, no Paraná. Em São Paulo, os alvos eram agências em Iepê, Pedrinhas Paulista e Cruzália. Vinte agências bancárias foram atingidas nos dois estados. Veja o vídeo de uma das ações criminosas:

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[SAIBAMAIS]Na ação, os criminosos utilizavam armas de grosso calibre, em sua maioria fuzis. Eles utilizavam táticas de realização de diversos disparos durante os delitos, espalhando clima de terror na população de pequenas cidades. Para impedir a ação da polícia, disparos eram realizados em direção às equipes policiais, para intimidar repressões. O nome da operação, Miguelito, é inclusive uma referência aos instrumentos compostos de pregos retorcidos e espalhados pelas quadrilhas nas vias de fuga para dificultar perseguições policiais. "Em alguns dos roubos houve a utilização de reféns como escudos humanos durante os confrontos ou durante a fuga".

Mortes em confrontos

Em um dos confrontos, ocorrido em 7 de abril deste ano, seis integrantes de um dos grupos em Alvorada do Sul (PR) morreram, quando retornavam de mais uma ação de explosão de agências bancárias. Ao fugirem pelas águas do Rio Paranapanema, segundo a PF, eles foram interceptados por policiais federais, reagiram e acabaram morrendo. "Foram apreendidos fuzis, pistolas, coletes balísticos, explosivos e valores subtraídos das agências atacadas", explicou a PF.

Os criminosos responderão pelos crimes de organização criminosa, roubo agravado, latrocínio (roubo seguido de morte) em sua forma tentada, porte de arma de fogo de calibre restrito e exposição a perigo mediante explosão. As penas ultrapassam os 30 anos de prisão.

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