Brasil

Voos entre Paris e São Paulo são cancelados por causa de greve

Devido a greve de funcionários, a Air France-KLM cancelou metade dos voos de longa distância que sairiam de Paris. Dois deles fazem a rota Paris%u2014Guarulhos (SP)

Hellen Leite
postado em 21/02/2018 14:47

A paralisação foi convocada por vários sindicatos e deve ocorrer na quinta-feira (22/2)

A greve dos funcionários da companha aérea Air France-KLM provocou o cancelamento de dois voos no Brasil: o AF454, que sairia de Paris/Charles de Gaulle às 23h20 na quinta-feira (22/2) e chegaria a São Paulo/Guarulhos às 7h20 de sexta-feira (23); e o AF457 de 23 de fevereiro, que faria o retorno para a capital francesa, saindo às 16h55 da sexta-feira. Os outros voos entre o Brasil e a França realizados pela empresa continuam previstos.

Segundo um comunicado emitido pela companhia, os passageiros prejudicados podem reprogramar o voo para até 27 de fevereiro, gratuitamente, ou receber um voucher válido por um ano para adiar a viagem para além do dia 27. "A Air France lamenta esta situação e faz todos os esforços para minimizar o inconveniente que esta greve pode causar aos seus clientes", afirmou a empresa em nota.

[SAIBAMAIS]A companhia informou que vai manter 75% dos voos de média distância com decolagem do principal aeroporto parisiense, Roissy-Charles de Gaulle, e que 85% de seus voos na quarta-feira serão de curta distância.

Greve

A greve foi convocada na terça-feira (20/2) por vários sindicatos da Air France e está prevista para acontecer na quinta-feira (22/2). A direção da empresa propôs aos trabalhadores um aumento geral de 1% dos salários ; o primeiro desde 2011 ;, e um aumento de 1,4% para os funcionários de terra.

No entanto, os sindicatos consideraram o reajuste insuficiente por "não compensar o aumento do custo de vida nem os salários congelados desde 2011". Os trabalhadores exigem um aumento geral dos salários de 6%, com base na alta de 42% do lucro operacional em 2017, a 1,488 bilhão de euros.

Em comunicado, o diretor geral da Air France-KLM, Jean-Marc Janaillac, afirmou que as reivindicações dos trabalhadores "não são razoáveis". "A administração atendeu as demandas dos sindicatos ao mesmo tempo em que reafirmava que sua prioridade era buscar um equilíbrio realista entre compensar os esforços de todos e manter as condições econômicas", escreveu.

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