Carnaval2018

Mesmo com chuva, foliões fazem a festa no pré-carnaval brasiliense

O fim de semana foi um aperitivo da festa de quatro dias, que começa na sexta-feira

Ricardo Daehn, Ludmila Rocha - Especial para o Correio, Juliana Andrade, Isa Stacciarini
postado em 04/02/2018 08:00

A jornalista Liana Sabo foi homenageada no Pauta na Rua

Nem mesmo a chuva espantou os foliões mais animados uma semana antes da festa oficial do Rei Momo. Fantasiado ou não, o público pulou, brincou e dançou ao som das marchinhas nos principais blocos que fizeram a concentração no pré-carnaval. O fim de semana foi um aperitivo da festa de quatro dias, que começa na sexta-feira. Neste domingo (4/2), a concentração fica por conta, principalmente, dos blocos Encosta que Cresce, no estacionamento do Ginásio Nilson Nelson, e Cafuçu do Cerrado, no Setor Bancário Norte.
No sábado (3/2), a festa também movimentou o Setor de Indústrias Gráficas (SIG), a Asa Sul e o Setor Bancário Sul, com os blocos Pauta na Rua, Bloco do Peleja e do Galo Cego, respectivamente. No SIG, a segunda edição do Pauta na Rua homenageou os 50 anos da repórter Liana Sabo no Correio Braziliense. O samba-enredo, composto pelo colega José Carlos Vieira e comandado pela bateria da escola de samba Associação Recreativa Unidos do Cruzeiro (Aruc), contou a trajetória da jornalista, na redação desde 1968. Ela chegou ao bloco em um Alfa Romeo conversível vermelho e foi recebida por dois dançarinos.
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A professora Elisabeth Mello, 53 anos, também prestigiou o Pauta na Rua. Ela estava acompanhada por um grupo de amigos. E procurava opções de festas para relembrar o animado carnaval de sua terra natal. ;Uma amiga, que também é do Rio de Janeiro, falou do bloquinho e viemos conferir. Não conhecia o carnaval de rua do DF, normalmente viajo nesta época, mas estou gostando bastante. Está animado e organizado;, elogiou.

A engenheira florestal Millena Saturnino, 28 anos, aproveitou a tarde no Peleja. Desde 2010, ela vai ao bloco com as amigas. Para o grupo, o diferencial do bloco é a proposta de conscientização política e muito samba no pé. ;Acompanho o grupo já há muito tempo. Gosto não só pelo samba, mas também pela causa social deles. Não tem como não vir;, destacou. E foi o samba que também motivou o engenheiro florestal Daniel Castro, 30. O folião caprichou na fantasia e chamou a atenção do público. Daniel incorporou a cantora Anitta com o look do clipe Vai Malandra. ;Venho sempre no Peleja. Aqui tem samba de resistência. Não é só juntar uma galera pra fazer bagunça. A gente curte e brinca bastante;, frisou.

No Setor Bancário Sul, a expectativa dos organizadores do Galo Cego era atrair 6 mil foliões. Com a característica de mistura de sons, o bloco reuniu gente de todos os perfis. Com estilo norte-americano até nas cores das roupas, o advogado Leonardo Miranda, 36 anos, tentava quebrar essa ideia com chapéu e gibão de couro. Afiado com o carnaval desde criança, Leonardo antecipava, em Brasília, algo da alegria a ser completada em Olinda, no carnaval do próximo fim de semana. ;O carnaval daqui tem se desenvolvido muito. O espírito carnavalesco está arraigado no brasileiro, que sempre chama o clima de festa;, ressaltou.

Animada, a farmacêutica Karen Rosa comemorou a chegada aos 40 anos com 20 amigas convidadas para o aniversário no Galo Cego. ;Estamos no bloco, pela segunda vez. E chegar aos 40 anos não é para qualquer um. Daí convoquei todas para virem vestidas de palhaças. A gente tem que levar na brincadeira este país;, destacou a aniversariante.

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