postado em 30/04/2009 12:30
Um ônibus da viação Rápido Brasília foi assaltado na madrugada desta quinta-feira (30/4), em São Sebastião. Um dos acusados foi preso, mas ainda não há informações do outro envolvido. Estima-se que o fugitivo tenha levado R$ 270.
O caso é investigado na 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião). De acordo com a ocorrência, que ouviu o relato do motorista, o coletivo fazia a linha 147, sentido Rodoviária do Plano Piloto-São Sebastião. Já na cidade de destino, próximo à igreja Assembléia de Deus, dois homens entraram e sentaram ao lado do cobrador. Mais na frente, na altura do Posto de Saúde, localizado no centro, os dois levantaram e anunciaram o assalto, por volta das 0h10. Um deles estava com uma faca. Os envolvidos pegaram, cada um, uma parte do dinheiro que estava no caixa, e desceram.
Segundo o relato do motorista, ele e alguns dos passageiros correram atrás dos assaltantes logo após eles fugirem. Um deles, Deivid da Rocha Meneses, de 22 anos, foi alcançado e o dinheiro que ele havia levado, recuperado. A faca não estava com ele. O motorista seguiu, então, para a 30ª DP, com o rapaz. Deivid foi autuado por roubo e foi encaminhado ao Departamento de Polícia Especializada (DPE) nesta manhã.
Insegurança
O Sindicato dos Rodoviários reclama da alta incidência de assaltos a coletivos. De acordo com o presidente, João Osório, entre três e cinco motoristas relatam casos diariamente. Isso corresponde a uma média de 90 a 150 crimes desse tipo todo mês.
De acordo com um mapeamento realizado pela instituição, com base nas descrições dos motoristas, os locais de maior incidência de assaltos a coletivos são Ceilândia, Samambaia e Arapoangas. Osório destaca que os horários mais comuns são entre o final da tarde, por volta das 16h, e 23h.
José Osório ressalta que são realizadas reuniões periódicas com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), a fim de relatar os casos que chegam ao Sindicato e, com isso, auxiliar o órgão a identificar os pontos críticos e implementar ações diretas nos locais. ;Tinhamos uma média de 1400 assaltos a ônibus por ano. Depois que começamos as reuniões conseguimos reduzir esse número para 800;.
Apesar disso, Osório destaca que, nos últimos oito meses, foi notado um aumento do crime. O presidente do sindicato atribui o fato à mudança na política de segurança. ;Policiamento em pontos específicos não funciona com ônibus;.
Ele cita algumas atuações da polícia que, segundo acredita, ajudam a coibir esse tipo de assalto: blitzes aleatórias, com revista de passageiros; abordagem de pessoas que aguardam nas paradas de ônibus; e policiais à paisana no interior dos coletivos. ;Tínhamos um problema muito sério em Santa Maria e na Estrutural que, por conta de ações desse tipo, deixamos de considerar como pontos críticos;.
A reportagem tentou entrar em contato com a Secretaria de Segurança Pública, para comentar os dados passados pelo sindicato. No entanto, até o fechamento desta matéria, o órgão não retornou os contatos.