Cidades

Brasília tem a quarta menor valorização no IPCA-15

postado em 24/07/2009 17:59
Brasília foi a quarta unidade da federação onde a inflação no acumulado do ano teve a menor valorização, segundo informou nesta sexta-feira (24/07) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) verificado na capital do país registrou crescimento de 0,17% em julho ante um índice de 0,30% em junho. A inflação em Brasília foi menor 0,5 ponto percentual do que a média verificada em todo o Brasil para o período, de 0,22%. Surpresa Ludmer, economista do Banco Fator disse que o número de julho surpreendeu boa parte do mercado, que projetava uma inflação entre 0,35% e 0,40%. "A nossa projeção, por exemplo, era de 0,36%", disse. A economista detalhou ainda que, apesar de ter desacelerado em julho, não se descarta a possibilidade de a inflação ao longo do ano voltar a crescer, puxada pelo crescimento da atividade econômica. "Para alguns economistas, e quero deixar bem claro que não é o caso do Banco Fator, está aumentando o risco do IPCA fechar 2009 acima da meta", disse, ressaltando, porém, que a projeção do banco para o indicador permanece em 4,3%. Maristella Ansanelli, economista-chefe do Banco Fibra, ressalta que o IPCA-15 de julho veio melhor do que esperava o mercado. E que, apesar se situar numa margem confortável abaixo do centro da meta, de 4,5%, a inflação ao longo do ano pode ainda motivar uma nova leva de reduções na taxa básica de juros. "Ao fazer esse último corte, o Banco Central sinalizou que cumpriu um ciclo, o que não quer dizer que ele tenha fechado as portas (para novos cortes)", revelou. E completou: "Mas ele está olhando mais o nível da atividade (da economia) do que a inflação", opinou. Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos, destaca que o cenário inflacionário para 2009 ainda não está dado. E cita o grupo alimentação como exemplo dessa volatilidade nos preços dos produtos. "A gente está vendo a carne, que estava em deflação, e já começa a pressionar (a inflação)", disse. O economista ressalta, no entanto, que o cenário confortável para a inflação deve mesmo se manter até o fim do ano. "A partir do segundo semestre reduz o impacto (dos reajustes) dos preços administrados (taxas de água e luz, por exemplo)", opina. "Acho que isso tudo vai fazer com que a inflação não seja um problema para 2009", conclui.

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