Cidades

Nova prorrogação à vista para o caso Villela

postado em 28/10/2009 08:48
A polícia deve pedir à Justiça a segunda prorrogação das investigações do triplo homicídio ocorrido há dois meses na 113 Sul. A delegada Martha Vargas, chefe da 1; Delegacia (Asa Sul), começou a articular com a cúpula da corporação a sua permanência no caso. Em geral, crimes não solucionados pelos distritos circunscricionais no período normal do inquérito (30 dias) seguem para delegacias especializadas. Na tarde de ontem, Martha Vargas interrompeu o trabalho de apuração e passou boa parte do dia reunida com o diretor-geral da Polícia Civil, Cleber Monteiro, e o diretor do Departamento de Polícia Circunscricional (DPC), delegado André Victor do Espírito Santo. ;Seria mais fácil manter a delegada Martha no caso, porque ela conhece o inquérito como ninguém. As investigações estão bem adiantadas;, argumentou André Victor.

[FOTO1]Segundo o diretor do DPC, Monteiro teria concordado com a extensão do prazo por mais 30 dias. O pedido ganhou força pela ausência de laudos periciais. ;A delegada ainda não teve acesso aos resultados dos exames feitos pelos institutos de Criminalística, de Identificação e de Pesquisa de DNA Forense;, disse André Victor. A solicitação deve ser encaminhada ao Tribunal do Júri, por intermédio do Ministério Público. No mês passado, o Judiciário concedeu a primeira prorrogação de 30 dias para o inquérito. O tempo não foi suficiente para solucionar os assassinatos a facadas do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, 73 anos, da mulher dele, Maria Carvalho Mendes Villela, 69, e da principal empregada do casa, Francisca Nascimento da Silva, 58. O cenário da tragédia: o apartamento dos Villela, o 601/602 do Bloco C da SQS 113.

Os policiais começam a trabalhar com uma terceira linha de investigação. Ela resulta da combinação das duas teses levantadas anteriormente, ou seja, crime encomendado e latrocínio (roubo com morte). Segundo fontes ouvidas pelo Correio, a nova suspeita é que os autores tenham sido contratados para matar as três pessoas e, em troca do serviço, poderiam levar a pequena fortuna que estava escondida no fundo falso de um dos closets do apartamento. Entre joias e dólares, estima-se que R$ 700 mil foram roubados.

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