Cidades

Crianças espancadas não têm previsão de alta

Luiz Calcagno
postado em 10/11/2009 08:37
As duas crianças espancadas por um pedreiro na noite de sábado no Conjunto 1 da Fazendinha, Itapoã, permanecem internadas no Hospital de Base. De acordo com o boletim médico, Aline (*), 2 anos, passou por uma tomografia computadorizada que constatou fratura e um afundamento ao lado do ouvido direito. Ela apresentou melhora neurológica e estabilização das lesões. O irmão de Aline, de apenas oito meses, sofreu traumatismo craniano e hemorragia intracraniana moderada. Ele permanecerá em observação sem previsão de alta.

[SAIBAMAIS]De acordo com o delegado-chefe da 6; DP (Paranoá), Miguel Lucena, o pedreiro Claudio Gomes, 43, já tinha passagem pela polícia por agressão. Ele teria cortado uma mulher com uma faca no início do ano. Ele disse ainda que Cláudio tem temperamento agressivo quando bebe. ;Só que ele estava constantemente embriagado. Vai responder por tentativa de homicídio qualificada, por motivo fútil, e pode pegar de 12 a 30 anos de reclusão;, explicou.

Os pais das crianças foram intimados a depor. Lucena disse ainda que a 6; DP irá elaborar um relatório sobre a situação das duas crianças agredidas e da irmã de 4 anos, que estava no local no momento em que ocorreu a violência. ;Vamos conversar com o Conselho Tutelar para que seja decidido o melhor encaminhamento. Também vamos conversar com os avós. Medidas serão tomadas;, disse.

Guarda
Perguntado sobre a possibilidade de obter a guarda das crianças, o avô disse que fará o que a Justiça determinar. ;Quero que se resolva dentro da legalidade. São eles que vão definir. Acho que não temos como segurar a mãe para que ela não pegue as crianças;, preocupou-se.

Segundo o delegado da 6; DP, o acusado teria um relacionamento com a mãe das crianças. Ele espancou o bebê e em seguida a irmã, após um dia de bebedeira. A mãe dormia em um colchão com os três filhos, quando ele bateu primeiro na de 2 anos, depois no de oito meses. Testemunhas disseram que ele afirmava que eles estavam ;possuídos pelo demônio;. Na DP, Cláudio se recusou a prestar depoimento.

(*) Nome fictício em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolesncente

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