Cidades

Maratona de dança na 415 Sul recolheu donativos

postado em 30/11/2009 10:07
Uma maratona de dança na avenida W3 Sul reuniu mais de 100 pessoas para aprender salsa(1), zouk, balé, sapateado e outros ritmos. Promovido pelo Instituto de Dança Juliana Castro, na 508 Sul, o evento teve caráter filantrópico: para participar, cada aluno doou 2kg de alimentos não perecíveis, que serão entregues a comunidades carentes. Foram cinco horas dedicadas a coreografias de estilos variados, incluindo forró, street dance e jazz.

Maria Aparecida e Marcus Vinícius arriscaram alguns passos de salsaHá quatro anos, os bailes beneficentes coroam o encerramento de cada semestre letivo da escola. Em edições anteriores, a organização conseguiu arrecadar até 300kg de mantimentos. Este ano, as doações serão entregues à organização não governamental Servir, que dá suporte a diversos abrigos do Distrito Federal. A ONG encaminhará o material a instituições de caridade.

Além de ajudar o próximo, o intensivo divulga a dança. ;O evento é uma oportunidade para as pessoas conhecerem o trabalho. Elas têm um leque de opções para escolher. Quem sabe a gente não consegue difundir essa arte?;, propõe a diretora artística do instituto, Juliana Castro, 37 anos. Para ela, a atividade faz bem ao corpo e à alma. ;Você se movimenta, se relaciona com as pessoas, se solta. Não existe isso de não ter jeito para dançar;, defende.

Primeiros passos
A estudante Maria Aparecida Ferreira, 28, convenceu o namorado, o bancário Marcus Vinícius Carvalho, 28, a arriscar os primeiros passos. Fã de ritmos agitados, a moça escolheu frequentar as aulas de salsa. ;O começo é difícil para todo mundo, mas depois que você entra no ritmo é mais fácil. No primeiro dia, você já consegue aprender alguns truques;, comenta o bancário.

Rodopiar no salão fez parte da infância de Natali Alves, 47 anos. As aulas de balé despertaram a paixão da médica pelas coreografias, mas ela acabou deixando as sapatilhas de lado. Anos depois, resolveu fazer mais uma tentativa. Há cerca de dois meses, começou a praticar dança de salão, mas uma dor no joelho a impediu de continuar. Na tarde de ontem, Natali conheceu o sapateado. ;Além de exercitar o corpo, é uma atividade lúdica e diminui o estresse. Você tem que se concentrar para dançar;, diz. Não foi fácil seguir os movimentos da professora, mas a médica não desanimou. ;Dançar sempre foi um desafio porque eu não tenho ritmo algum. Pratico para superar isso;, afirma.

1 - Ritmo caribenho
A salsa tem origem no son de Cuba, um ritmo do século 18 com influência hispânica, francesa e africana. O son se misturou ao merengue, à cumbia, ao jazz e a tendências musicais do Caribe. Nos anos 70, o termo ;salsa; se consolida e vários músicos aderem ao estilo. A salsa é dançada em pares. No passo básico, o homem aproxima a perna direita da mulher e, juntos, os dois dão passos para frente e para trás. O ritmo se difundiu e surgiram variações. Na década de 80, por exemplo, a balada salsa tinha letras românticas e sensuais.

Confira
O Instituto de Dança Juliana Castro termina o ano com a apresentação do espetáculo Geometria brasileira. Todos os alunos farão parte do show, marcado para 16 de dezembro. O evento será na sala Martins Pena do Teatro Nacional Claudio Santoro. Os ingressos custam R$ 30 e R$ 15 (meia). As entradas estão sendo vendidas no próprio instituto, na 508 Sul.

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