postado em 08/04/2010 08:22
Um misterioso furto de máquinas intriga a direção do Jardim Botânico de Brasília. Oito computadores, duas roçadeiras e uma motosserra desapareceram do centro administrativo da reserva ambiental na madrugada de ontem sem que ninguém percebesse qualquer movimentação estranha. Seis vigilantes patrimoniais faziam a segurança do local durante a noite. Dois estavam nas duas portarias e os outros, distribuídos nos quatro pontos onde há prédios.
O complexo administrativo é formado por duas casas. Os bandidos invadiram ambas. Na primeira, arrombaram a fechadura da porta. Na segunda, entraram pela janela. Nas salas, papéis e documentos foram revirados de armários e muitos ficaram caídos pelo chão. Os teclados e mouses também foram deixados para trás. Os assaltantes carregaram apenas monitores e CPUs. O diretor executivo do Jardim Botânico de Brasília, Jeanitto Gentilini, não havia sentido falta de nenhum documento importante até a tarde de ontem, pois as casas estavam interditadas para a perícia policial.Backup
O diretor ainda não sabe estimar de quanto seria o prejuízo material. ;A maior perda é de informações dos computadores, mas, por sorte, temos backup de 90% dos projetos, como, por exemplo, os de arquitetura e paisagismo elaborados há anos;, contou. Peritos de criminalística da 10; Delegacia de Polícia (Lago Sul) investigam se houve falha na vigilância ou outro interesse escuso nos conteúdos dos computadores. ;A perícia coletou impressões digitais em móveis, portas e janelas e todas as pessoas que estavam na reserva ambiental serão ouvidas;, disse o delegado-adjunto, Wisllei Salomão.
Responsável pela área durante a madrugada, Mário Luiz Neres, 44, teria contado, em depoimento policial na 10; DP, que fazia ronda nos outros dois prédios próximos às duas casas do centro administrativo entre as 2h e as 4h e que, devido a uma forte chuva, não ouviu nenhum barulho. Não há câmeras de segurança no parque, nem iluminação. A retirada de tantas máquinas sem que seja vista a entrada de veículos é suspeita. ;Como o Jardim Botânico faz divisa com rodovias, peço que as pessoas denunciem se virem alguma movimentação estranha;, salientou o diretor.
"Instalamos câmeras, alarme, além de reforçarmos a porta. É revoltante ter esse gasto extra porque o Estado é quem deveria garantir a nossa segurança"
Orsino Pacheco, 24 anos, gerente de copiadora na 103 Norte
Orsino Pacheco, 24 anos, gerente de copiadora na 103 Norte