Cidades

Polícia vai indiciar três funcionários do Dromos pela morte de Daniela

postado em 18/02/2011 17:06
A 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul) vai indiciar três funcionários do Colégio Dromos (609 Sul) pela morte da menina Daniela Camargo Casali, 2 anos, no dia 8 de fevereiro. O professor de natação, a coordenadora do curso e a auxiliar de turma vão responder por homicídio culposo. Dois estagiários que participavam da aula no dia não serão indiciados.

De acordo com o delegado-chefe da 1; DP, Watson Warmling, dados preliminares do laudo da perícia indicam que Daniela teria iniciado as atividades na piscina rasa e saído no momento em que a auxiliar de turma saiu do local a fim de buscar materiais para as atividades. Ela deixou aberto o portão que separa a piscina pequena da maior e mais profunda, que fica ao lado. O laudo indica que Daniela não teria passado entre as barras. ""A menina teria que se espremer para atravessar a grade, mas não há marcas no corpo que mostrem este esforço", contesta.

Mesmo sem o resultado final do laudo, que deve ficar pronto na próxima semana, o delegado decidiu indiciar os três por negligência pois a piscina maior, que não estava sendo usada na ocasião, estava destampada. A diretora da instituição de ensino não vai responder pelo crime por não estar na aula no momento do acidente, mas ela pode ser responsabilizada civilmente.

A hipótese é reforçada por fotografias tiradas pela mãe de um dos alunos. Nas imagens que mostram o retorno da auxiliar, Daniela não está mais entre as crianças. A ausência da menina só foi notada pelos profissionais ao fim da atividade. O par de chinelos de Daniela, deixado na beira da piscina, denunciou que havia uma criança a menos no grupo.

Ao todo, a delegacia já ouviu o depoimento de 13 pessoas, entre funcionários e o pai da criança. De acordo com o delegado, a mãe da menina, Luciana Casali, não precisará ser ouvida. O pai, Alexandre Tavares Casali, prestou depoimento no último dia 15.

Segundo a assessoria de imprensa do colégio Dromos, a escola não comentará a decisão do delegado enquanto o laudo final da perícia não estiver concluído. Entretanto, a assessoria comentou que a instituição de ensino escalou uma comissão de sindicância, formada por pais, funcionários, professores e representantes da direção para, em 30 dias, buscar soluções, debater a questão de segurança e buscar os novos procedimentos.

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