Cidades

Ibram libera batismo de evangélicos no Parque Ecológico Dom Bosco

postado em 05/03/2011 17:45
O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) decidiu manter a autorização para a Festa das Águas, batismo de quase mil evangélicos no Parque Ecológico Dom Bosco, programado para segunda-feira (7/3). A medida foi ratificada após uma reunião relâmpago com a administração do Lago Sul, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e representantes da igreja evangélica Comunidade Cristã Ministério da Fé.

Na sexta-feira, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) havia recomendado que a permissão fosse cancelada, uma vez que parque não possui ;plano de manejo;, tornando impossível determinar a capacidade máxima de pessoas reunidas no local sem prejudicar a vegetação e os recursos hídricos.

De acordo com o superintendente de licenciamento e fiscalização do Ibram, Dálio Ribeiro de Mendonça Filho, a autorização para o evento religioso não contraria a representação da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente (Prodema). "Esse documento foi gerado em um cenário diferente. De início tinham solicitado a presença de 10 mil pessoas e 3 trios elétricos. Mas agora serão entre 4 e 5 mil pessoas, com um pequeno carro de som. O barulho também será medido por um fiscal ambiental", explica.

Outra exigência para que a festa aconteça é que os ônibus, utilizados para o transporte dos fiéis, não estacionem nas vias de acesso. Eles deverão estacionar em local apropriado, para não atrapalhar os demais visitantes. A área que foge ao espaço de convivência também terá de ser isolada, para não prejudicar o cerrado.

Segundo os organizadores da festa, a programação prevê que os fiéis deverão se encontrar, a partir das 8h de segunda-feira, no Estádio Mané Garrincha, de onde seguirão em carreata para a Ermida Dom Bosco, no Lago Sul. No local, às 10h30, haverá um piquenique.

Em entrevista ao Correio Braziliense, o pastor Fadi Fayez Faraj disse que a negativa do instituto seria uma demonstração de intolerância religiosa. Caso o evento não pudesse ser feito, ele estudaria a possibilidade de processar o Ibram por preconceito religioso.

Com informações de Helena Mader e Mara Puljiz

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