Cidades

Obras da nova sede do Executivo, em Taguatinga, devem começar este mês

Complexo que vai abrigar 15 mil servidores de secretarias e outros órgãos locais. GDF aguarda parecer do Ibram para demolir a rodoviária de Taguatinga. A construção será feita por meio de Parceria Público Privada

postado em 22/09/2011 07:50
O centro administrativo do governo local será construído em Taguatinga, em uma área de 178 mil metros quadrados, e terá 15 prédios. Obra deve ficar pronta em dois anos
As obras do novo centro administrativo do GDF podem começar no fim deste mês. A intenção foi confirmada pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, que pretende reduzir gastos com aluguel e otimizar a administração pública. Atualmente, das 33 secretarias, 17 acumulam despesas mensais de R$ 11,8 milhões com locação. Na semana passada, o Executivo deu um dos últimos passos para a construção do prédio que abrigará 15 mil servidores locais.

Uma carta foi encaminhada ao Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do DF (Ibram) com o pedido de autorização para a demolição da rodoviária de Taguatinga ; próxima aos acessos a Ceilândia e Samamabia ; onde será erguido o centro.

A autorização passa por análises técnicas, mas a desativação já está prevista. A nova localização da rodoviária, que recebe diariamente cerca de 50 ônibus interestaduais e 200 coletivos urbanos, deve ser nas proximidades do Serejão. Em 2009, o Ibram havia concedido a licença de instalação do empreendimento, que ainda está vigente. Na época, existia uma discussão sobre quem deveria conceder a permissão ambiental, mas este ano, o instituto fez a revisão do documento e, por meio da assessoria de imprensa, informou que todos os pré-requisitos estão dentro dos parâmetros exigidos pela legislação.

O consórcio responsável pelo novo centro é o Centrad, formado pelas empresas Via Engenharia e Odebrecht. Ele negocia com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) empréstimo de R$ 400 milhões para finalizar 15 prédios, em uma área total construída de 178 mil metros quadrados. No primeiro ano ; prazo de entrega de sete prédios ; o GDF vai pagar R$ 4,4 milhões mensais. Doze meses depois, quando o complexo estiver todo concluído, o valor passa para R$ 14 milhões, a serem pagos durante 20 anos. No fim deste prazo, o prédio será do governo.

Economia
O GDF prevê que cerca de R$ 12,7 milhões sejam economizados com aluguel. ;Temos uma despesa grande com essa estrutura e a manutenção dela. Não faz sentido o governo ter esse tipo de gasto hoje. A construção será feita por meio de uma Parceria Público Privada (PPP) e vamos pagar em 20 anos. No fim do contrato, o prédio volta para o poder público;, afirmou Agnelo Queiroz. Além disso, as três regiões próximas ao centro administrativo ; Ceilândia, Taguatinga e Samambaia ; abrigam, juntas, cerca de um milhão de pessoas, quase a metade de toda a população do DF. ;Será uma oportunidade de ver essa área crescendo economicamente;, completou o governador, durante inauguração do pronto-socorro do Hospital Regional Taguatinga (HRT), na terça-feira última.

Outra preocupação é concentrar as atividades do governo em um único local. As secretarias que ficarão instaladas no complexo ainda não estão definidas, mas o prédio deve reduzir a distribuição dos 140 mil funcionários da administração pública, espalhados por todo o DF. ;Vamos otimizar os serviços. Ao longo dos anos, alugaram prédios em locais distintos. Agora teremos a oportunidade de reunir serviços em um local;, detalhou Agnelo.

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