Cidades

Mudança de hábito dos brasilienses explica redução do desemprego na capital

O abandono da profissão para ficar em casa , as famílias menores e os concursos públicos explicam a queda no índice de desocupados diante da retração na oferta de oportunidades

postado em 08/02/2012 07:03
Miguel Castanho, recém-formado em direito, prefere estudar para concurso público a procurar trabalho
As sucessivas quedas da taxa de desemprego no Distrito Federal não revelam aumento da oferta de postos de trabalho, como pode parecer. O que explica os índices históricos ; inclusive o recorde de 2011 festejado pelo governo local na semana passada ; são mudanças demográficas e econômicas observadas na capital do país e em outras regiões metropolitanas. Estudo inédito do Conselho Federal de Economia (Cofecon), divulgado ontem, indica prováveis causas para a redução do percentual de desocupados, mesmo com a desaceleração da economia.

No último ano, o DF atingiu uma taxa de desemprego média de 12,4%, a menor desde o início da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), em 1992. As oportunidades para quem procura uma vaga, no entanto, caíram mais do que pela metade, na comparação com períodos anteriores. Entre 2003 e 2010, foram criados 49 mil postos de trabalho por ano, em média. Em 2011, o número despencou para 20 mil, de acordo com a PED.

A aparente contradição desse cenário intrigou o economista Júlio Miragaya, conselheiro do Cofecon e autor do estudo apresentado ontem. Ao analisar os indicadores do mercado de trabalho no DF, ele constatou que por trás da queda livre do desemprego está o decréscimo da população em idade ativa (PIA) e da população economicamente ativa (PEA). Como menos pessoas têm procurado emprego e mais gente deixado de trabalhar, as estatísticas mostram uma redução na taxa de desocupados.

A matéria completa você lê na edição impressa desta quarta-feira (8/2) do Correio Braziliense.

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