Cidades

Comando da Polícia Militar nega existência da Operação Legalidade

postado em 26/07/2012 10:33
Na última sexta-feira (20/7) os policiais militares realizaram uma assembleia na Praça do Relógio, em Taguatinga, e votaram pelo iníco da Operação Legalidade, considerada a segunda fase da Operação Tartaruga. Nesta quinta-feira (26), o comando da Polícia Militar soltou uma nota esclarecendo que repreende essa forma de protesto. A PM disse que após analisar os dados operacionais, nenhum problema na rotina de trabalho policial foi identificado nos últimos dias.

O comando diz que estavam presentes na assembleia apenas 600 policiais, o que não representaria os quase 16 mil funcionários da corporação. Aponta, ainda, que os interesses dos indivíduos envolvidos nesse movimento de reivindicação seriam meramente políticos, o que "só demonstra irresponsabilidade ao tentar provocar instabilidade à instituição, causando revolta à população e a todos os demais profissionais da corporação".



A PM ainda garante que a corregedoria, o centro de inteligência e a ouvidoria da corporação estão mobilizados para identificar qualquer anormalidade nas atividades desenvolvidas pelos agentes e que medidas administrativas e judiciais serão adotadas caso algum prejuízo ao atendimento de ocorrências seja constatado.

[SAIBAMAIS] O lado dos manifestantes
Entre 2 mil e 4 mil policiais estavam na assembleia, segundo contagem dos próprios manifestantes. Essas pessoas foram orientadas sobre como trabalhar dentro da legalidade, segundo o tenente Jorge Martins, um dos organizadores do movimento.

Para ele, a operação não tem nenhum cunho político. "Não existe nenhum político envolvido, não existe nenhuma ligação com partidos políticos, estamos apenas representando categorias de policiais militares e as causas dessas categorias".

Ele reconhece que o comandante representa a Polícia Militar e tem o direito de fazer declarações públicas em nome da corporação, mas defende o movimento, afirmando que eles estão apenas cumprindo com o que está previsto na lei, de forma que não podem ser punidos por isso.

Operação Legalidade
Segundo os manifestantes, com a Operação Legalidade, eles deixarão de realizar o trabalho específico de órgãos como Departamento de Trânsito do DF, Agência de fiscalização (Agefis), Polícia Civil, Serviço Social, entre outros, e farão apenas aquilo que está na Constituição, artigo 144, parágrafo quinto. ;Às Polícias Militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos Corpos de Bombeiros Militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil;, diz a lei.

De acordo com o movimento, a ação só será interrompida com o atendimento de suas reivindicações, que incluem aumento salarial ; equiparado ao da Policia Civil e do Detran ;, e reestruturação da carreira com auxílios como moradia e inatividade.

Operação Tartaruga
A Operação Tartaruga teve início em fevereiro deste ano e durou quase três meses, provocando o aumento da violência na cidade.

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