Cidades

Arruda desmonta tese de Durval Barbosa e diz ter sido vítima de uma armação

postado em 17/10/2012 07:00
José Roberto Arruda na audiência de ontem: o ex-governador alega que não teria como ter pago propina a uma adversária política

Pela primeira vez desde que passaram a tramitar na Justiça as ações de improbidade administrativa da Operação Caixa de Pandora, o ex-governador José Roberto Arruda deu a versão dele para os fatos que o envolvem em uma suposta trama de corrupção. Em depoimento na 2; Vara de Fazenda Pública que durou toda a tarde de ontem, Arruda negou cada um dos pontos centrais das acusações feitas pelo ex-secretário de Relações Institucionais de seu governo Durval Barbosa, estopim para o escândalo que derrubou o governo em 2010. Com a mesma contundência com que defendia seus pontos de vista antes da crise, o ex-governador disse que foi vítima de uma vingança e que só passou por essa ;tragédia pessoal;, como se referiu ao episódio da Pandora, por não ter cedido às chantagens de Durval e do grupo dele. Para a surpresa de todos, a advogada do ex-secretário, Margareth Almeida, anunciou durante a audiência que seu cliente tem vídeos inéditos que ainda poderão ser divulgados.



Arruda não ficou na defensiva. Tão logo começou a falar, partiu para o ataque. Ao responder uma das primeiras perguntas feitas pelo juiz Álvaro Ciarlini, que conduz o processo originado a partir de ação movida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o ex-governador se disse surpreso por que até hoje não apareceu o vídeo em que o atual chefe do Executivo local, Agnelo Queiroz (PT), conversa com Durval Barbosa, episódio anterior à Operação Caixa de Pandora. ;Esse vídeo sim explicaria muito;, disse Arruda. O ex-governador defende a tese de que houve uma grande conspiração para abreviar seu tempo no comando do Distrito Federal. Seus advogados sustentam que Durval mostrou os vídeos da Pandora para Agnelo dentro de uma estratégia de assegurar a vitória petista na sucessão no Palácio do Buriti.

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