Cidades

Em surto, operário invade escola na 316 Norte e se esconde em sala

postado em 26/10/2012 06:51
Câmera de segurança na Escola Classe da 316 Norte: monitoramento não impediu Benedito de entrar correndo

Um homem invadiu a Escola Classe da 316 Norte na manhã de ontem, por volta das 7h30, horário em que os portões ficam abertos para a chegada dos alunos. Benedito Lopes da Costa, 47 anos, operário em uma obra de edifício na quadra, entrou correndo no colégio, em meio às crianças, e se escondeu em uma das salas de aula, onde estavam uma professora e um pai. Ele gritava que alguém o perseguia a fim de matá-lo. Após ficar cerca de cinco minutos na sala, ele se dirigiu ao banheiro dos professores, onde se trancou. Ninguém foi ameaçado e as crianças não perceberam o ocorrido, pois se reuniam no pátio. Meia hora depois, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram chamados e o homem foi levado para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran). A Secretaria de Saúde informou que Benedito deu entrada no Hran com quadro de ;distúrbio psiquiátrico por abuso de bebida alcoólica;. Na unidade de saúde, ele passou por processo de desintoxicação e recebeu alta médica.

Apesar de ser rodeada por câmeras, a escola, que atende cerca de 220 crianças de 6 a 10 anos por dia, não conta com um policial ou um segurança para vigiar o fluxo na entrada ou na saída. A responsabilidade de contratar uma empresa terceirizada para exercer o serviço é da Secretaria de Educação do Distrito Federal. O Correio entrou em contato com a pasta, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.



No momento da invasão, Benedito alucinava, dizendo que era perseguido e, por isso, trancou-se em uma das salas do colégio com uma docente e um pai. A auxiliar de educação Luzia Souza, 52 anos, que costuma ficar em uma mesa próximo ao portão de entrada, havia deixado o posto para acionar o sinal sonoro de início das aulas. ;Quando voltei, o vi saindo da sala, nervoso e suado, mas bem vestido, de bermuda, camiseta e tênis. Ele disse que morava no Gama. Já houve uma pessoa que assaltou a escola há um ano, mas ninguém nunca entrou desse jeito. Apesar do susto, o homem não ofereceu perigo;, diz Luzia. A auxiliar, muitas vezes, é quem fica na porta, mas este não é seu trabalho. ;Não temos como controlar quem entra porque já estamos aqui dentro e somos poucos. Se ele estivesse armado, eu também não poderia ter feito nada;, ressalta. Há, ainda, outra funcionária que trabalha com a auxiliar, mas ela estava de folga ontem.

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