Cidades

Japoneses trazem flores comestíveis e as cultivam em Vargem Bonita

O produto, comercializado na Ceasa e em feiras, não tem agrotóxicos e pode ser usado em saladas, arroz, peixe e doces

Renato Alves
postado em 07/07/2013 06:05
Aos 66 anos, Miyoko Nakashima colhe a produção bem cedinho, cinco dias por semana, e acomoda as espécies em embalagens transparentes
Há quatro anos, em uma das suas visitas regulares à terra natal, a japonesa Miyoko Nakashima conheceu alguns dos segredos do plantio e do cultivo de flores comestíveis. Acreditando que se adaptariam a solo do cerrado, trouxe sementes para Brasília. Logo após desembarcar, preparou a terra da pequena chácara da família, no Núcleo Rural Vargem Bonita. Poucos meses depois, estava colhendo as primeiras pétalas.

Hoje, aos 66 anos, Miyoko é uma das maiores produtoras de flores comestíveis do Distrito Federal, o que não quer dizer muito, pois eles são raros entre os 126 produtores de flores da capital. No entanto, o que mais chama a atenção nessa japonesa é a dedicação ao trabalho e o carinho com as plantas. ;Elas perfumam a minha chácara e fazem a gente manter o corpo e a mente sadios;, comenta, em um português capenga.

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A ideia de plantar o produto veio da necessidade de manter ativos ela e o marido, Tadayuki Nakashima, de 71 anos. Aposentados, ambos estavam da labuta diária na roça, cultivando hortaliças para sustentar a família, mas queriam continuar produzindo. Desde 2009, quando começaram a cuidar das flores ao redor da casa, no terreno de 4 hectares, encontraram mais um motivo para passarem o dia juntos, com uma atividade regular e sem se desgastarem muito. Eles são uma das 47 famílias de japoneses e descendentes em Vargem Bonita, de um total de 2,2 mil no DF.
O produto, comercializado na Ceasa e em feiras, não tem agrotóxicos e pode ser usado em saladas, arroz, peixe e doces

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