Cidades

Crescimento: DF deve chegar à frota de 1,5 milhão de carros em 2014

O crescimento da frota reflete a falta de opção do brasiliense para se locomover ao trabalho ou a passeio

Adriana Bernardes
postado em 28/12/2013 07:00

Congestionamento na EPTG: cena recorrente também devido ao excesso de 
veículos no Distrito Federal

Em 2014, o Distrito Federal deve bater a marca de 1,5 milhão de veículos. O crescimento da frota reflete a falta de opção do brasiliense para se locomover ao trabalho ou a passeio. Os engarrafamentos, a poluição sonora e do ar, a falta de estacionamento e o aumento na quantidade de vítimas aparecem entre as consequências do excesso de carros.

Se a variação de cerca de 6,5% registrada ao longo dos 10 primeiros meses de 2013 for mantida em novembro e em dezembro, 2014 começará com 1.495.034 milhão de veículos nas ruas. Com base no censo de 2010, a estimativa do IBGE é de que o Distrito Federal tenha 2.789.761 moradores atualmente. A média, assim, é de quase duas pessoas por automóvel: 1,86. Ou seja, 53% de quem vive no DF tem pelo menos um veículo.


Os problemas causados pela quantidade de veículos faz parte da rotina do brasiliense. Nos horários de pico, boa parte das vias registra trânsito lento e congestionamento, principalmente aquelas que ligam o Plano Piloto às demais regiões administrativas, como a Estrada Parque Taguatinga (EPTG), a Estrada Parque Indústria de Abastecimento (Epia) e a Via Estrutural.

Segundo especialistas ouvidos pelo Correio, o recorrente aumento da frota (veja gráfico) é reflexo da baixa qualidade do transporte público no DF e dos benefícios oferecidos pelo governo para a compra de automóveis, como a redução de taxas e impostos. Para o professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB) Paulo César Marques da Silva, a quantidade cada vez maior de veículos provoca congestionamentos e a falta de espaço para estacionar. ;Nos últimos anos, o governo adotou incentivos fiscais para aquecer a indústria automobilística. Ao mesmo tempo, a capacidade de compra da população aumentou. O número de veículos no DF por habitante não é tão alarmante. Em países na Europa, por exemplo, é maior. O problema é a dependência que os brasilienses têm em relação ao veículo. Isso é reflexo da falta de transporte público de qualidade;, disse Paulo César.

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