Cidades

Mortes em piscinas exigem atenção para normas mais rígidas contra acidentes

Ontem, um menino de 3 anos morreu em Vicente Pires

postado em 07/01/2014 06:03

Kauã, de 7 anos, ficou com o braço preso no ralo que suga água para a cascata da área recreativa O afogamento de Kauã Davi de Jesus Santos, 7 anos, em Caldas Novas, e de Mariana Rabelo Oliveira, 8, em Belo Horizonte, reacendeu a discussão sobre segurança nas piscinas. Durante o verão e as férias escolares, as crianças são as maiores vítimas. Ontem, um menino de 3 anos se afogou na piscina particular de uma chácara de Vicente Pires. Ele teve uma parada cardiorrespiratória, foi socorrido e levado em estado grave para o Hospital Regional de Taguatinga. Não resistiu e faleceu na unidade de saúde. A pedido da família, a Secretaria de Saúde não passou mais informações sobre o caso.


Odele Souza, 65 anos, transformou um drama pessoal semelhante aos das famílias de Kauã e de Mariana em militância. Ontem, completaram-se 16 anos que a filha caçula da aposentada, Flávia, vive em coma, sequela de um afogamento. Era janeiro de 1998, quando a menina, então com 10 anos, nadava na piscina do condomínio, em São Paulo. Ela teve o cabelo sugado pelo ralo e ficou alguns minutos submersa. Hoje, com 26 anos, ela mora em casa, com o apoio da mãe e de cuidadoras.

Passaram-se nove anos até Odele começar o trabalho de conscientização e a luta por uma lei federal sobre o tema. No blog flaviavivendoemcoma.blogspot.com.br, criado em 2007, ela acompanha os casos de sucção de ralos em todo o país, alerta para os perigos e faz um apelo à população e ao poder público, principalmente aos legisladores, para a aprovação de normas rígidas de prevenção de acidentes nas áreas recreativas. Hoje, a página recebe cerca de 1,5 mil visitas por dia. ;Nada mudou em 16 anos, e isso é muito triste. Parece que as piscinas se tornaram menos seguras, e a negligência está maior. A militância se deu quando caiu a ficha de que uma situação tão dramática não iria se reverter. Quis minimizar a minha impotência e fazer algo por outras pessoas;, justifica.

A matéria completa está disponível para assinantes. Para assinar, clique

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação