Cidades

Moradores da W3 Norte e entrequadras Sul reclamam de violência

Segundo eles, o tráfico é comum, principalmente à noite. PM e Sedest trabalham em conjunto para acabar com o problema

postado em 15/04/2014 06:03

Beco na Asa Norte: durante o dia, ocupado por trabalhadores; à noite, cenas de sexo e comércio de drogas

Atrás da W3 Norte, nos becos entre a avenida de intensa movimentação durante o dia e as residências, moradores e comerciantes já se acostumaram a ver cenas de uso de drogas, violência e até o sexo explícito. Nas entrequadras da Asa Sul, entre as lojas e os blocos, a diferença não é tão grande. Presente na 109/110 Sul há 25 anos, Roberto Tomaz, dono de um comércio de iluminação, afirma que o nível de segurança caiu, e o tráfico se multiplicou. ;Basta você passar de carro sem acelerar muito, devagar. Você será abordado pelo menos cinco vezes com gente tentando te vender droga;, afirma.

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A ocupação ocorre ao anoitecer. Os exemplos foram vistos pela reportagem. Entre os blocos E e F da 708 Norte, a convivência com o medo é comum. Muitas casas possuem entrada apenas pelo beco. Ao chegar com crianças, os moradores lidam com cenas que assustam. ;Nós vemos consumo de drogas. Muitos andarilhos dormem aqui;, comentou uma moradora que não quis se identificar por medo de represálias. O beco é cheio de entulhos. Na quadra, existe um prédio abandonado nas proximidades que é utilizado como dormitório.

Mais abaixo, na 706 Norte, há poucas semanas uma moradora viu cenas de sexo na porta de casa. Não foi a primeira vez. O fato é tão frequente que ela prefere manter as janelas da residência fechadas. A prefeita da 709 Norte, Beatriz Duarte, 48 anos, disse que a situação é antiga e recorrente. ;É prostituição, tráfico de drogas e falta de iluminação pública. Aqui está ao deus-dará;, comentou. Para ela, os moradores ficam à mercê do medo. ;Você sai para ir à padaria pela manhã e vê camisinhas, drogas e seringas. As pessoas ficam com medo.;

Em um bloco da 704, a solução encontrada pelos moradores foi instalar portões nas portarias. ;O beco era muito perigoso, as pessoas faziam daqui ponto de uso de drogas e prostituição;, recordou Corcina Alves Madureira, 62 anos, moradora do local. A corretora de imóveis explicou que cabe também aos moradores preservar o estado do beco, mantendo-o limpo. ;Nós ganhamos mais tranquilidade com a instalação de grades e portões;, explicou.

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