Cidades

Especialistas reforçam riscos no uso de gás ilegal em balões infantis

Substância manipulada de forma incorreta transforma inocentes bexigas em verdadeiras bombas

postado em 12/05/2014 06:03
Peritos examinam um dos locais atingidos pela explosão de cilindro em Samambaia: fabricação caseira

A explosão em um apartamento de Samambaia, em 1; de maio, revelou um perigo antes desconhecido até mesmo pelas autoridades de fiscalização do Distrito Federal. Parte dos balões de festas infantis ou os metalizados, vendidos nas ruas de Brasília, são preenchidos com uma substância perigosa: o hidrogênio. Isso transforma inocentes bexigas em verdadeiras bombas. Em busca de mais lucro na venda dos produtos, ambulantes ou até empresas de festas usam receitas da internet para encher as bexigas. A mistura química ensinada por populares é perigosa e pode provocar casos como o de Marcos Paulo Soares Rodrigues, 26 anos, que teve a casa destruída.

O faturista usou um cilindro para armazenar soda cáustica, pó de alumínio e água. O objeto não suportou a pressão do gás formado e devastou o apartamento de Marcos Paulo. Ele fazia a mistura havia quatro anos, enchia balões e vendia. Iniciou o trabalho para complementar a renda. Pegou a receita caseira em um site e começou a comercializar os produtos infantis sem saber dos perigos. ;Eu sempre acreditei que era gás hélio. Mas depois da explosão, vi os efeitos que isso pode causar. Os bombeiros disseram que foi um milagre termos sobrevivido;, afirma. No momento do acidente, ele, a irmã e esposa estavam dentro da unidade imobiliária. Somente a área onde estavam não foi destruída.

À reportagem do Correio, revelou que a prática é comum na cidade. ;Conheço muitas pessoas que usam esses produtos. Duas compraram de mim botijões parecidos com os que tinha para fazer a reação química. É o que mais vemos nas ruas. Isso me preocupou. Muitos não sabem do perigo;, alerta Marcos Paulo. Eles optam pela mistura por ser mais barata. Um cilindro de gás hélio, capaz de encher cerca de 40 balões, custa R$ 120. Com a mistura química ensinada na grande rede, Marcos gastava R$ 40 para inflar 70 balões.

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