Num dia de trânsito complicado, o programador e analista de sistemas Irawild Almada, 38 anos, voltava para casa quando ouviu no rádio que os estoques de sangue da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) estavam baixos. Em fevereiro deste ano, ao participar de um evento de start-ups, a notícia lhe voltou à lembrança e Irawild sugeriu a criação de um aplicativo de telefone para facilitar a relação entre hemocentros e doadores. Surgia aí a primeira versão do Doe Sangue, que já conta com mais de 800 usuários e pode ajudar as fundações a manterem os estoques estáveis com apenas um comando.
A ferramenta, disponível para os sistemas operacionais Android e IOS, cadastra usuários por tipo sanguíneo, sendo ele um frequentador habitual de hemocentros ou um novo candidato. O programa monitora a periodicidade das doações ; homens podem fazê-lo a cada dois meses e mulheres, a cada três ; e emite alertas quando é hora de contribuir outra vez. Mas a principal função do aplicativo é servir de ponte entre os bancos credenciados e os doadores localizados em um raio de até 100 km.
Funciona assim: quando o estoque de uma variedade sanguínea estiver baixa, o hemocentro credenciado dispara uma notificação aos doadores que têm aquele tipo de sangue. ;Facilita muito a comunicação com os colaboradores. Com um simples clique, é possível recrutar todos;, explica Irawild. Os hemocentros interessados em participar da ação precisam entrar em contato com o desenvolvedor do sistema para que eles tenham acesso aos usuários e também às ferramentas do aplicativo. Por enquanto, apenas o Hemocentro de Brasília e o Hemocentro de Lavras (MG) aderiram ao recurso.
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