Cidades

Polícia não conclui investigação sobre morte de estudante e padrasto

A principal linha de investigação da polícia é de que os dois tenham sido mortos após uma explosão de dinamite provocada por ele

postado em 30/07/2014 09:22
Loanne Rodrigues e o padrasto Joaquim Lourenço foram encontrados mortos abraçados e amarrados a uma árvore, em 17 de dezembro, em uma mata nas redondezas de Pirenópolis
Sete meses e meio depois da morte da estudante de enfermagem Loanne Rodrigues da Silva Costa, 19 anos, e do padrasto dela, o garimpeiro Joaquim Lourenço da Luz, 47, em Pirenópolis (GO), o inquérito do caso continua em aberto, sem previsão para término. Tudo porque o laudo do crime não foi concluído.

Loanne e Joaquim foram encontrados mortos abraçados e amarrados a uma árvore, em 17 de dezembro, em uma mata nas redondezas da cidade turística famosa pelo casario centenário e pelas cachoeiras. A principal linha de investigação da polícia é de que os dois tenham sido mortos após uma explosão de dinamite provocada por Joaquim. Segundo amigos e familiares relataram à polícia, Joaquim nutria grande ciúme pela enteada. Além disso, resultados de exames grafotécnicos (que analisam a escrita) confirmaram que o garimpeiro foi o autor de uma carta com ameaças de morte recebida pela jovem.

[SAIBAMAIS]Cerca de um mês antes das mortes, o garimpeiro contratou um seguro de vida no valor de R$ 30 mil, no qual seu filho biológico aparece como beneficiário. Segundo o então delegado do caso, Rodrigo Jayme, uma testemunha contou que Joaquim teria pedido informações no banco se a apólice cobriria casos de suicídio. O rapaz que seria o beneficiário do seguro relatou em depoimento que estranhava o amor que o pai sentia por Loanne. Já a outra filha biológica do garimpeiro afirmou que acreditava mesmo que o pai tenha planejado o assassinato da estudante.


O exame para dar ponto final às investigações está sob responsabilidade da Polícia Técnico-Científica em Anápolis. A gerente do 10; Núcleo Regional de Polícia Técnico-Científica de Anápolis, Regina Célia Gomes Menezes, informou que o perito responsável pelo laudo está de licença médica. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás afirmou que o "trabalho de perícia técnico-científica segue sendo realizado" e que "trata-se de um levantamento pericial complexo". Ainda segundo a secretaria, os primeiros exames mostraram a necessidade de exames complementares que já estão sendo realizados. A nota não informa quando foram iniciados e qual o prazo para a conclusão dos referidos exames.

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