Cidades

Debate promovido pela Arquidiocese fica marcado pela cordialidade

Os seis concorrentes ao Buriti se concentraram em temas relacionados à administração pública no encontro realizado hoje à noite no Colégio Marista, na Asa Sul

postado em 01/09/2014 23:50
Atendendo à solicitação inicial dos organizadores, os candidatos ao Governo do Distrito Federal (GDF) usaram um tom cordial durante o debate realizado, na noite desta segunda-feira (1/9), no Colégio Marista, na Asa Sul, pela Arquidiocese de Brasília. Os seis concorrentes ao Palácio do Buriti falaram sobre temas diversos relacionados à administração pública, como saúde, educação, transporte coletivo, assistência social, segurança pública, meio ambiente e geração de empregos. A opção por um encontro propositivo evitou agressividade mútua entre eles. Pouquíssimas farpas foram trocadas. No fim, o arcebispo de Brasília, dom Sérgio da Rocha, pediu consciência aos eleitores.

Mesmo que o debate desta segunda tenha sido o primeiro depois da candidatura do ex-governador José Roberto Arruda (PR) ter sido barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ninguém tratou sobre isso diretamente. As referências diretas à situação do candidato (enquadrado pela Lei da Ficha Limpa) só foi citada diretamente por Toninho do PSol. Além dele, apenas o próprio Arruda falou que está participando do processo eleitoral para recuperar a honra.

De maneira geral, o atual governador, Agnelo Queiroz (PT), foi o principal alvo dos demais postulantes ao Buriti: além de Arruda e Toninho, Rodrigo Rollemberg (PSB), Luiz Pitiman (PSDB) e Perci Marrara (PCO). Diante do modelo formatado pelos organizadores, com temas para serem debatidos e sem perguntas entre os concorrentes, o candidato à reeleição teve de aproveitar parte do tempo disponível para se defender.

Em síntese, Agnelo manteve o discurso da continuidade. Arruda reforçou que quer retornar ao GDF para retomar as obras. Rollemberg lançou mão da proposta de ser o primeiro da "geração Brasília" a administrar a capital federal. Toninho do PSol continuou na linha de romper com o modelo administrativo atual. Já Pitiman voltou a ressaltar a necessidade de usar a experiência na iniciativa privada para ter mais eficiência na administração pública. Perci Marrara fez o discurso do poder operário.

Todos os candidatos fizeram análises positivas ao fim do encontro. O arcebispo, dom Sérgio, lembrou que as eleições são um momento importante da democracia. "A palavra final será do eleitorado. As eleições desempenham um papel valioso no processo democrático. O cidadão precisa escolher o seu candidato com cuidado e, depois, acompanhar tudo o que ele fizer, de maneira atenta", disse.

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