Uma mulher carismática, perseverante e rodeada de amigos. Em poesias, histórias, cartas ou nos almoços preparados com carinho, Vera Brant gostava de saudar os queridos e estava sempre disposta a ajudar. Ontem, a saudade falou mais alto no coração de quem se despediu da pioneira, empresária e professora. Aos 87 anos, ela não resistiu a um câncer na laringe e morreu no último domingo. O corpo de Vera foi sepultado por volta das 11h. Homenagens fizeram parte da cerimônia, realizada na Ala dos Pioneiros do Cemitério Campo da Esperança.
Apesar da saudade, a lembrança do semblante alegre e da paciência marcantes na personalidade de Vera não deixou os presentes se abaterem. Durante a despedida, uma dupla de seresteiros tocou para a pioneira. ;Ela era uma amante das músicas de viola. Esta foi uma forma de levar esta última homenagem a ela;, afirmou Celso Brant, 53 anos, sobrinho de Vera. Embora nunca tenha se casado nem deixado filhos, a empresária do ramo imobiliário criou três sobrinhos. Bastante emocionados, eles depositaram flores no caixão, que ficou o tempo todo rodeado pelos familiares.
O mais velho deles, Altino José Machado Brant, 54 anos, lamentou a perda da tia e disse que ela foi uma grande mulher e será sempre lembrada pelos seus ideais de vida. ;A Vera foi a pessoa que me proporcionou ser tudo que sou na vida hoje. Não só em termos de profissão, mas também de caráter. Mnha tia era uma pessoa muito honesta e digna. Dedicou-se como uma mãe para mim e para os meus irmãos. Sempre teve muitos amigos por perto e ajudava a todos. Era uma pessoa realmente diferente, que vai fazer falta em nossas vidas;, contou o corretor de imóveis.
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